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“Idoso com Alzheimer não é criança”, alerta especialista em geriatria

Cuidador deve saber supervisionar o paciente, estimulando a independência e a interação social com amigos e família

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Foto colorida de mulher acompanhando paciente idoso - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher acompanhando paciente idoso - Metrópoles - Foto: iStock

O Alzheimer é uma doença degenerativa cerebral sem cura que causa demência e acontece, na maioria dos casos, em pessoas com idade acima de 65 anos. A enfermidade é identificada a partir de sintomas como perda de memória recente, falta de concentração, desorientação e dificuldade de se expressar.

Os sinais tendem a evoluir com o tempo, aumentando a necessidade da supervisão de parentes, amigos e até mesmo cuidadores contratados. Afinal, em estágios avançados, hábitos como cozinhar, lavar a louça e tomar banho ficam ainda mais difíceis. O cuidado exige paciência, mas principalmente conhecimento. Caso contrário, o quadro pode se agravar ainda mais.

O alerta é da gerontóloga, doutora e assessora científica do Método Supera – Ginástica para o Cérebro, Thaís Bento Lima. “Quando se estuda sobre a demência, existe uma compreensão maior e melhores condições de cuidar do paciente, de apoiar um familiar quando necessário, e até gerenciar a própria vida de maneira mais equilibrada”, afirma.

Ela conta que um dos erros comuns de quem não estuda sobre o problema é tratar os idosos com demência como crianças. Thaís diz que é importante lembrar que todos são adultos, passaram por uma vida longa e cheia de histórias e que a saúde está se degenerando por conta da doença. Ela dá dicas importantes de como cuidar de forma humanizada, saudável e consciente de parentes com o quadro.

Estimular a independência

Thaís ressalta que o cuidador deve oferecer uma rotina em que o indivíduo com demência sinta que ainda tem algum nível de autocontrole e independência, para que viva de maneira mais confortável com o problema de saúde.

“A gente pede para encorajar atividades domésticas simples, como varrer ou tirar o pó, lavar uma louça, que irão gerar no indivíduo um sentimento agradável de participação e utilidade”, completa.

A gerontóloga destaca, ainda, a necessidade de promover interações sociais. “Momentos e trocas com os amigos e familiares podem ajudar a acalmar e proporcionar o bem-estar psicológico, assim como receber carinho, afeto e gestos de amor”, enfatiza.

As atitudes de carinho são especialmente importantes, segundo ela, quando aparecem alterações de comportamento, como agitação, irritabilidade e confusão mental, frequentes no diagnóstico de Alzheimer.

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Mais paciência

Se colocar no lugar do paciente é fundamental, segundo a especialista. Afinal, mais difícil do que lidar com a pessoa com demência, é estar com a doença. Por isso, é fundamental que haja mais paciência, compreensão, serenidade e calma na hora de falar, movimentar e interagir com o idoso que tem o quadro degenerativo.

“A pessoa pode buscar se interessar pela vida dele, fazer coisas que o deixem em situação confortável, que ajudam a elevar a autoestima, evitando ao máximo situações de cobrança e irritabilidade que provocam sofrimento nos pacientes”, finaliza.

Atividades ligadas à dança, música, pintura, bem como caminhadas – de preferência leves ou moderadas – são excelentes para melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença de Alzheimer e ainda proporcionam melhores respostas ao tratamento farmacológico.

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