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Estudo de Harvard desvenda mistério sobre perda de olfato da Covid-19

De acordo com a pesquisa publicada na revista Science Advances, neurônios olfativos não são atingidos, o que explica rápida recuperação

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Juan Gaertner/Science Photo Library/Getty Images
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1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: Juan Gaertner/Science Photo Library/Getty Images

A anosmia (perda de olfato) é um dos sintomas mais citados por pacientes com Covid-19. Embora seja comum, a causa desse problema ainda intriga a ciência. Uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicada na revista Science Advances, identificou que o Sars-CoV-2 não infecta diretamente os neurônios do sistema olfativo, mas, sim, a função das células que lhes servem de suporte na cavidade nasal.

Isso ajuda a explicar, por exemplo, porque as pessoas recuperam a capacidade de sentir cheiro em poucas semanas e não meses depois da infecção. As células neuronais do sistema olfativo existentes na cavidade nasal não são afetadas pelo vírus

O achado dos neurocientistas de Havard indica que a perda permanente de olfato pela Covid-19 é improvável. Isso ocorre porque, de acordo com o estudo, quando a infecção desaparece, os neurônios olfativos tendem a não precisar ser substituídos ou reconstruídos do zero.

“Penso que são boas notícias, porque, uma vez passada a infeção, não é necessário substituir aqueles neurônios. Mas são necessários mais estudos e dados para confirmar em definitivo esta conclusão”, admite o coordenador da pesquisa, Sandeep Robert Datta, da Harvard Medical School.

De acordo com o trabalho, os neurônios dos sistema olfativo não são atingidos de forma direta pelo novo coronavírus porque não possuem a proteína ACE2. É por meio dela que o vírus costuma entrar nas células. A proteína, entretanto, é encontrada nas células que servem de suporte para esses neurônios da cavidade nasal.

O Sars-CoV-2 conta com uma proteína em sua superfície chamada proteína S (spike), que funciona como uma “chave”, ligando-se a ACE2 e a TMPRSS2 das células. Essa proteína ACE2, de acordo com a pesquisa de Havard, só é encontrada nas células de suporte.

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