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Embrião de camundongo criado em laboratório desenvolve órgãos vitais

Após dez anos de pesquisas, cientistas britânicos conseguiram formar órgãos como coração e cérebro mesmo sem usar células reprodutivas

atualizado

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Amadei e Handford/Divulgação
embriao de camundongo
1 de 1 embriao de camundongo - Foto: Amadei e Handford/Divulgação

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, criaram um embrião sintético em camundongos capaz de desenvolver órgãos vitais, como coração, cérebro e intestino, mesmo sem a presença de células reprodutivas como espermatozoides ou óvulos.

O feito foi publicado em agosto na revista Nature, e pode, segundo os pesquisadores, acender uma luz para quem tem problemas de infertilidade ou precisa de doações de órgãos, uma vez que as informações podem colaborar, no futuro, para o desenvolvimento de embriões e órgãos humanos sintéticos.

Para criar o embrião, os cientistas juntaram tipos diferentes de células-tronco (embrionárias e extraembrionárias) posicionadas de modo que se tocassem naturalmente. Depois de oito dias, o embrião criado em laboratório já havia começado a formar órgãos vitais.

“Houve desenvolvimento de ilhas de sangue, além de estruturas semelhantes a um coração pulsante e tubos intestinais”, explicaram os pesquisadores no artigo.

Testes com embriões humanos pode levar tempo

Segundo os cientistas, é preciso avançar ainda mais nas pesquisas com os camundongos para observar o desenvolvimento de outros órgãos. Só depois disso, será possível pensar em estudos com embriões humanos — o processo pode demorar décadas.

Além da barreira do tempo, o assunto também precisa ser discutido nas esferas éticas e legais.

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