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Dormir com luz no quarto pode levar à obesidade e diabetes, diz estudo

Pesquisa aponta que dormir com luzes no quarto aumenta níveis de açúcar no sangue e a aceleração cardíaca, podendo levar a algumas doenças

atualizado

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Luis Alvarez/Getty Images
Mulher dorme sono profundo - Metrópoles
1 de 1 Mulher dorme sono profundo - Metrópoles - Foto: Luis Alvarez/Getty Images

Um estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, apontou que a exposição a luzes durante o sono pode ampliar os riscos de problemas de saúde em adultos. De acordo com os pesquisadores, mesmo a iluminação mais baixa nesse período da noite pode prejudicar a função cardiovascular, aumentando a resistência à insulina durante a manhã seguinte. Essa relação, por sua vez, aumenta as chances de desenvolvimento de diabetes, hipertensão e obesidade.

A primeira parte da pesquisa, publicada em março deste ano, foi realizada com adultos saudáveis, na faixa dos 20 anos, e a segunda etapa contou com participantes entre 60 e 80 anos que já tinham predisposição à diabetes e doenças cardiovasculares. Durante ambos os experimentos, a presença de luzes como a de monitores eletrônicos ao longo de uma única noite levou ao aumento dos níveis de açúcar no sangue e à aceleração cardíaca.

De acordo com a pesquisadora Phyllis Zee, responsável pelo estudo, a luz baixa entra pelas pálpebras e perturba o sono, mesmo quando estamos com os olhos fechados. “Até mesmo pequenos pontos de luz criam um déficit no sono profundo e no estágio de movimentação rápida dos olhos. É durante essas fases do sono que ocorre maior renovação celular”, explica a cientista, em entrevista à CNN Internacional.

A aceleração cardíaca durante a noite já foi apontada, em outros estudos, como um dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas e morte prematura. As maiores taxas de açúcar no sangue, por sua vez, são um sinal de resistência à insulina, que pode resultar na diabetes tipo 2.

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Phyllis e sua equipe ficaram surpresos ao descobrir que menos da metade dos participantes do experimento dormiam no escuro por pelo menos cinco horas diárias. Mais de 53% tinham alguma luz no quarto, e pessoas que dormiam com luzes mais fortes tinham mais chances de dormirem e acordarem mais tarde. “Sabemos que pessoas que dormem mais tarde também têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas”, comentou a pesquisadora.

O espectro de luz também tem impacto no sono: ondas mais longas, como as das colorações vermelha e laranja, são menos intrusivas e prejudicam menos o ritmo circadiano, o relógio biológico. Lâmpadas que usam essas cores podem ser usadas por pessoas que têm necessidade de levantar à noite para ir ao banheiro, por exemplo — a recomendação é deixá-las em uma altura mais baixa, como nas tomadas.

O que fazer para dormir no escuro?

A recomendação é afastar a cama das janelas e investir em uma cortina com black-out. Além disso, evite carregar laptops ou aparelhos eletrônicos no quarto enquanto você dorme. Se mesmo assim não for possível diminuir a claridade, a indicação é dormir com uma máscara para proteger os olhos. Se for preciso acordar durante a noite, evite acender as luzes da casa e tente se movimentar no escuro.

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