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Dieta vegetariana reduz colesterol em pessoas com doença cardiovascular

Pesquisadores revisaram 29 estudos para constatar que dieta vegetariana é capaz de reduzir risco de entupimento das artérias

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Imagem colorida de criança segurando vegetais nas mãos em fundo verde - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de criança segurando vegetais nas mãos em fundo verde - Metrópoles - Foto: Getty Images

Uma dieta vegetariana consiste primordialmente no consumo de alimentos de fontes vegetais, como frutas, legumes, feijão, grãos integrais, nozes e sementes. O plano alimentar é capaz de reduzir o colesterol, o nível de glicose no sangue e o peso em pessoas com doenças cardiovasculares, segundo estudo feito pela Universidade de Sydney, na Austrália.

A pesquisa, publicada na última terça-feira (25/7) na revista científica JAMA Network Open, constatou que praticar uma dieta vegetariana foi associado à redução modesta do nível do LDL, conhecido como colesterol ruim. Ele aumenta o risco de entupimento das artérias quando está em alta no organismo.

Os pesquisadores conduziram uma revisão de 29 estudos que abrangeram 20 ensaios clínicos randomizados, estendendo-se ao longo de um período de 22 anos de investigação, com o total de 1.878 participantes.

Fizeram parte do levantamento pesquisas que observavam vários tipos de plano alimentar, inclusive alguns que continham carne.

Os voluntários apresentavam doenças cardiovasculares e/ou diabetes, mas também foram incluídos indivíduos que possuíam pelo menos dois fatores de risco para problemas cardiovasculares. A redução do LDL foi notável.

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Entre todas as diferentes dietas vegetarianas, a alimentação que inclui ovos e laticínios foi associada à maior redução no colesterol ruim. A diminuição de peso mais significativa foi observada em pessoas com alto risco de doença cardiovascular. Em seguida, estavam indivíduos com diabetes tipo 2.

Dieta vegetariana e perda de peso

Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que a perda de peso foi mais significativa com a dieta vegetariana sem restrição calórica. Os participantes que seguiram uma dieta baseada em vegetais sem limitação de calorias perderam, em média, 4,7 kg, enquanto aqueles que seguiram dietas com restrição calórica perderam apenas 1,8 kg.

No entanto, é importante considerar alguns fatores que podem influenciar esses resultados, como os tipos de alimentos disponíveis nas diferentes dietas ou a possibilidade de “furadas” de alto teor calórico em participantes com dietas restritas.

Os pesquisadores alertam que existem várias formas de fazer dietas vegetarianas, e algumas delas podem ser ricas em calorias se incluírem carboidratos refinados, óleos hidrogenados, adoçantes artificiais, sódio ou muitos alimentos fritos.

O estudo aponta ainda que uma alimentação vegetariana, especialmente a ovo-lacto-vegetariana, pode ampliar os efeitos benéficos da terapia medicamentosa na prevenção e tratamento de diversas doenças cardiometabólicas.

Os benefícios associados a esse tipo de alimentação incluem a redução na ingestão de gordura saturada e compostos que promovem resistência à insulina, ao passo que aumentam opções com alto teor de fibras e substâncias como esteróis, ácidos graxos mono e poli-insaturados, potássio, magnésio e fitoquímicos.

Além disso, essas dietas tendem a ter uma menor densidade energética e índice glicêmico, o que contribui para os efeitos positivos observados.

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