Os números mostram que em 20 de dezembro foram 2.139 hospitalizações, saltando para 5.200 em 24 de janeiro. Em seis estados além do Distrito Federal, o aumento acendeu o nível de alerta “crítico”, que corresponde a 80% de ocupação. São eles: Distrito Federal (98%), Rio Grande do Norte (83%), Goiás (82%), Piauí (82%), Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%) e Mato Grosso do Sul (80%).
Outras 12 unidades da Federação (UF) estavam na faixa de ocupação entre 60% e 79%, ou seja, alerta “médio”. Sete se encontravam abaixo de 60%. Em 20 de dezembro, nenhuma UF passava dos 80%.
Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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Para os pesquisadores, os números são preocupantes, mas estão longe do que ocorreu no começo de 2021, quando explodiu a segunda onda da pandemia. A fundação e os secretários de Saúde enfatizam a importância da vacinação para estabilizar o sistema de saúde.
Taxa dos estados
O Distrito Federal registrou a maior taxa de ocupação de leitos em todo o país: 98% na última segunda-feira (24/1), de acordo com a Fiocruz. Um dia depois, o painel de monitoramento da capital mostrou 100% da capacidade na rede pública. No DF, a taxa de transmissão do vírus está em 2,24, significando que cada 100 infectados podem contaminar outras 224 pessoas.
Em Goiás, os leitos estão com 82% de ocupação. No Rio de Janeiro, houve um aumento de 529,9% na quantidade de pacientes em UTIs. Outros três estados com o maior crescimento no número de pacientes internados, segundo o levantamento da Fiocruz, são o Amazonas (410,6% entre 20 de dezembro e 24 de janeiro), o Acre (350%) e o Ceará (277%).
Variante Ômicron
A fundação acredita que a nova cepa Ômicron é a responsável pela alta. Entretanto, os técnicos da entidade apontam que a variante está produzindo internações com características diferentes das anteriores, com menor tempo nas unidades de saúde. As hospitalizações em geral não têm a mesma gravidade de outras variantes, mas pessoas idosas e com comorbidades continuam no grupo de risco. De qualquer forma, ela considera significativo o aumento de pacientes internados.
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