Professores chineses relataram quatro estudos de casos que mostram que provavelmente o novo coronavírus, Covid-19, não passa da mãe grávida infectada com o vírus para o bebê. A pesquisa foi divulgada, nesta segunda-feira (16/03), na revista Frontiers in Pediatrics.
É o segundo estudo realizado no país asiático, que foi o primeiro epicentro da doença. De acordo com os professores, as quatro mães deram à luz no Hospital Union de Wuhan, na província de Hubei. Três nascimentos foram por cesárea e um, natural, com a mãe tendo episódio de febre.

Equipes do Escritório Regional do Mediterrâneo Oriental, da Organização Mundial da Saúde foram em missão no Irã ver a situação de pacientes infectados com o novo coronavírusDivulgação/OMS

Membros da OMS no Irã para acompanhar a evolução do novo coronavírusDivulgação/OMS

Uma família na Austrália comprou acidentalmente 2,3 mil rolos de papel higiênico em meio à pandemia de coronavírusReprodução/Facebook

Em imagens postadas nas rede sociais, Haidee Janetzki aparece sendo "coroada" como a rainha do trono de papel higiênicoReprodução/Facebook

Eles receberam as caixas de papel higiênico em meio ao desabastecimento de produtos nos comércios da AustráliaReprodução/Facebook

Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o pátio do local mais sagrado do Islã em Meca, na Arábia Saudita, praticamente desertoReprodução/Twitter

Com medo de serem contaminadas pelo novo vírus, pessoas passaram a usar camisinhas para apertar botões de elevadorReprodução/Twitter

A pandemia de coronavírus provocou correrias a supermercados e farmácias, onde as pessoas esgotaram alguns produtosReprodução/Facebook

Fotos de pessoas apertando botões de elevadores com camisinhas viralizaram Reprodução/Twitter

No início da pandemia, rolos de papel higiênico chegaram a faltar em vários supermercados do mundoReprodução/Facebook

Moradores estão estocando itens de todo tipoReprodução/Twitter

Pessoas em Cingapura e na Austrália estão estocando itens básicos por receio do coronavírusReprodução/Facebook

Navio Diamond Princess, um dos primeiros focos de coronavírus fora da China, foi isolado em porto do Japão após casos confirmadosReprodução/Twitter

Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do novo coronavírusDivulgação

Desinfecção de funcionários de uma funerária depois de o grupo lidar com o corpo de uma pessoa que morreu em decorrência do novo coronavírusFeature China/Barcroft Media via Getty Images

Trabalhador de equipe médica pelas ruas de Wuhan, na ChinaFeature China/Barcroft Media via Getty Images

Mulher usa máscara no mercado de Huanan, em Wuhan, o centro da epidemia de coronavírus. O local está interditadoGetty Images

Em Pequim, uma mulher usa máscara e óculos de sol para se proteger do coronavírusKevin Frayer/Getty Images
Embora todas elas tenham sido diagnosticadas com Covid-19 no terceiro trimestre de gravidez, nenhum dos bebês desenvolveu sintomas graves associados ao vírus, como febre ou tosse, embora todos tenham sido inicialmente isolados em unidades de terapia intensiva neonatal e privados da amamentação.
Três dos quatro tiveram resultado negativo para a infecção respiratória. A mãe da quarta criança recusou fazer o teste.
Um recém-nascido teve um problema respiratório leve por três dias, tratado por ventilação mecânica não-invasiva. Dois bebês, incluindo o com problemas respiratórios, tiveram erupções cutâneas no corpo, que desapareceram por conta própria.
Um dos co-autores do estudo, Dr. Yalan Liu, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, disse que ainda não é possível associar essas erupções ao Covid-19.
Todos os quatro bebês – três meninos e uma menina – permanecem saudáveis e suas mães também se recuperaram totalmente.
Sem evidências do vírus
O estudo anterior observou nove mulheres infectadas com o novo coronavírus e também não deu evidências de que a infecção viral possa passar para a criança. Todos os nove nascimentos foram feitos por cesariana.
Em surtos anteriores de coronavírus, os cientistas não encontraram evidências de transmissão viral de mãe para filho, mas a SARS e a MERS estavam associadas a doenças maternas críticas, aborto espontâneo ou até mesmo a morte materna.
Os estudos são iniciais e os pesquisadores ressaltam que estão coletando amostras adicionais dos recém-nascidos, incluindo placenta, líquido amniótico, sangue neonatal e líquido gástrico, entre outros, para detectar possíveis receptores para o vírus.