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Coronavírus: doenças ligadas ao cigarro aumentam risco de fumante

Além de problemas respiratórios que podem agravar o quadro da Covid-19, fumantes também prejudicam quem convive com eles

atualizado

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mão segurando cigarro, tabaco, tabagismo, dia mundial sem tabaco, doença pulmonar obstrutiva crônica
1 de 1 mão segurando cigarro, tabaco, tabagismo, dia mundial sem tabaco, doença pulmonar obstrutiva crônica - Foto: iStock

O tabagismo não está listado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um fator de risco, no entanto, doenças respiratórias prévias e hipertensão arterial – que podem estar relacionadas ao cigarro – tendem a agravar os quadros de Covid-19.

“O desfecho é pior. Eles ficam mais tempo internados nos hospitais, nas unidades de terapia intensiva (UTI) e correm o risco de contraírem infecções secundárias”, explica Elie Fiss, pneumologista do Laboratório Exame.

Ainda segundo o médico, o fumante regular pode ser acometido por muitas doenças. “O tabagismo está relacionado a doenças cardiovasculares, pulmonares, neurológicas e cânceres. O fumante pode ter também bronquite crônica e enfizema pulmonar. Quando chega nesse ponto, ele passa a ter restrições à saúde importantes”.

Com o isolamento social, a tendência é que as pessoas passem a fumar dentro de casa e é aí aparece o perigo também para os fumantes passivos. Eles se tornam propensos a doenças respiratórias e sintomas como tosse, disfunção nasal e coriza. O quadro se agrava em pessoas com rinite, asma e doenças relacionadas às vias aéreas.

“Crianças em ambiente com fumantes têm cinco vezes mais infecções respiratórias do que em ambiente onde os pais não fumam”

Elie Fiss

Por isso, o pneumologista garante que o mais indicado é largar o hábito. “Comece tentando não pensar no medo de ficar sem cigarro. Não brigue com a vontade, deixe ela passar, beba água. Se estiver muito difícil, procure apoio por meio da telemedicina em consultas com pneumologistas e psicólogos”, aconselha.

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