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Comentarista da CNN revela que filho teve febre maculosa

Comentarista da CNN Brasil fez alerta nas redes sociais sobre importância do tratamento imediato da febre maculosa, doença altamente letal

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1 de 1 Imagem colorida: jornalista Lia Bock - Metrópoles - Foto: @liabock/ Instagram

A jornalista Lia Bock usou as redes sociais, nesta terça-feira (13/6), para fazer um alerta sobre a febre maculosa, doença que matou subitamente a dentista Mariana Giordano, 36 anos, no último dia 8, após ser internada com febre e dores de cabeça.

A comentarista da CNN Brasil contou que um de seus quatro filhos foi diagnosticado com a doença aos 2 anos de idade. A detecção dos sintomas na fase inicial e o tratamento rápido foram cruciais para a boa recuperação da criança.

Lia e a família tinham visitado um hotel fazenda e, depois de um passeio por uma área de vegetação, tiraram alguns carrapatos presos ao corpo, mas não deram atenção por desconhecerem o potencial risco da picada dos insetos.

Já em São Paulo, o menino de 2 anos apresentou febre e algumas manchas vermelhas na bochecha. A combinação de sintomas fez com que a pediatra desconfiasse de um caso de febre maculosa, confirmado por exames laboratoriais.

“Quando saí de lá (do consultório) dei um Google e cai para trás porque você vê que é uma doença que mata 85% das pessoas. É muito alto esse número. Mas é 85% das pessoas não medicadas e isso é muito importante. A febre maculosa é uma doença que tem cura, só que precisa ser diagnosticada”, ressalta a jornalista.

O que é febre maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa transmitida pela picada do carrapato-estrela ou carrapato micuim que esteja infectado por bactéria do gênero Rickettsia. As pessoas infectadas podem desenvolver desde quadros clínicos leves até formas graves, com elevada taxa de letalidade.

No Brasil, duas espécies estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa:

  • Rickettsia rickettsii – leva ao quadro de febre maculosa brasileira (FMB), considerada a doença grave. Ela tem casos registrados no norte do estado do Paraná e nos estados da Região Sudeste.
  • Rickettsia parkeri – provoca quadros clínicos menos graves. Tem casos registrada em ambientes de Mata Atlântica, incluindo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará.

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, nesta terça-feira (13/6), o diagnóstico de febre maculosa da dentista Mariana Giordano, 36 anos. Ela e o namorado, o piloto Douglas Costa, 42, tinham viajado para áreas rurais de Campinas e, posteriormente, a Monte Verde (MG).

Ele apresentou os mesmos sintomas de Mariana, febre e dores de cabeça, foi internado e morreu no mesmo dia. As amostras de Douglas chegaram ao Adolfo Lutz nessa segunda-feira (12/6) e estão em análise.

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 Tratamento

O período de incubação da doença é de dois a 14 dias após a picada do carrapato, período em que podem surgir os primeiros sintomas da infecção.

O médico Carlos Levischi, do Hospital Albert Einstein, explica que a bactéria causadora da febre maculosa consegue inflamar o organismo e destruir os vasos sanguíneos, por isso o tratamento deve começar o mais rápido possível – idealmente no máximo no segundo ou terceiro dia dos sintomas.

“Após o sétimo dia da doença, a mortalidade sem tratamento é extremamente alta”, afirma. “Com o tratamento adequado, feito em tempo hábil, as chances de cura são extremamente altas”, considera.

O tratamento é feito com um antibiótico simples e barato, que pode ser tomado pela boca, se o paciente não apresentar vômitos como um dos sintomas.

Sintomas em crianças

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, incluindo febre, dores no corpo e aparecimento de manchas na pele, que podem ser confundidos inicialmente com outras doenças típicas da infância.

“Se o médico que está fazendo o atendimento desses pacientes – tanto adultos quanto crianças – não perguntar sobre exposição a carrapatos ou ter conhecimento de que as pessoas estiveram ao ar livre, não é feito o diagnóstico em tempo hábil, por isso a mortalidade alta”, afirma Levischi.

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