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Cientistas dizem que amostra de Deltacron pode ser erro de laboratório

A Deltacron foi identificada por pesquisadores do Chipre, mas especialistas indicam que descoberta não é união da Ômicron com Delta

atualizado

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Viktor Forgacs/ Unsplash
Covid-19
1 de 1 Covid-19 - Foto: Viktor Forgacs/ Unsplash

Nessa segunda (10/1), uma nova cepa de Covid-19, que combina as variantes Ômicron e Delta, teria sido identificada por pesquisadores do Chipre em ao menos 25 pessoas. Entretanto, cientistas pedem calma ao analisar a supervariante apelidada de Deltacron.

A médica Krutika Kuppalli, que integra o grupo técnico da Organização Mundial da Saúde, afirmou que as cepas não formaram uma nova variante. “Este é provavelmente um artefato de sequenciamento com contaminação de laboratório, tendo fragmentos de Ômicron em uma amostra Delta”, comentou a especialista no Twitter.

O  virologista do Imperial College de Londres, Tom Peacock, explicou que a sequência genética da Deltacron parece estar infectada. De acordo com o médico, embora exista um subconjunto de mutações em comum, a maioria provavelmente é produto de co-infecção. Isso acontece porque as duas variantes ainda circulam em grande quantidade.

Peacock indica que ainda não há sinais claros de algo real ou desagradável acontecendo. “Isso não está realmente relacionado à qualidade do laboratório ou qualquer coisa semelhante. Literalmente, acontece com todos os laboratórios de sequenciamento ocasionalmente”, ressaltou.

Jeffrey Barrett, diretor da Covid Genomics Initiative no Wellcome Sanger Institute, desconsiderou que as duas linhagens tenham se unido. “Isso, quase certamente, não é um recombinante biológico das linhagens Delta e Ômicron”, disse ele para o jornal britânico Daily Mail.

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Deltacron

A Deltacron foi anunciada pelo professor de ciências biológicas da Universidade de Chipre e chefe do Laboratório de Biotecnologia e Virologia Molecular, Leondios Kostrikis, na última sexta-feira (7/1). Segundo ele, a cepa já tinha infectado ao menos 25 pessoas no país.

A descoberta da nova alteração recebeu a denominação devido à identificação de assinaturas genéticas semelhantes à Ômicron dentro dos genomas da Delta. No entanto, ainda segundo o professor, a frequência relativa da infecção combinada é maior entre os pacientes hospitalizados devido à Covid-19 em comparação com os pacientes não hospitalizados.

“Veremos no futuro se essa cepa é mais patológica ou contagiosa, ou se prevalecerá sobre a variante Delta e a variante Ômicron”, destacou Kostrikis.
No entanto, segundo o especialista, provavelmente essa linhagem do coronavírus também será substituída pela variante Ômicron, que é altamente contagiosa.

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