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Casos de Covid-19 voltam a subir e Europa registra novos picos da doença

Chegada do verão e a sensação de segurança fizeram moradores do continente relaxarem quanto às medidas de precaução

atualizado

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Xurxo Lobato/Getty Images
praia na espanha, covid
1 de 1 praia na espanha, covid - Foto: Xurxo Lobato/Getty Images

Há alguns meses, a Europa era o epicentro da pandemia de Covid-19. Todos os dias, acompanhávamos imagens de centenas de caixões sendo transportados, pontos turísticos vazios e a população cantando nas janelas para espantar o tédio do isolamento. As medidas restritivas foram flexibilizadas a partir de maio e os europeus voltaram a sair de casa, com precauções e de olho na taxa de contágio do coronavírus.

Porém, com a chegada do calor do verão e a sensação de segurança, os casos da infecção estão voltando a subir. No dia 24/7, a Espanha registrou o maior aumento de casos em 24h desde o começo de maio, com 2,6 mil novos diagnósticos. O país está, desde o começo de julho, colocando algumas áreas específicas de volta à quarentena para controlar a alta repentina. O cenário se repete na França, que teve 1.392 casos no mesmo dia, recorde em mais de um mês.

No Reino Unido, foram registrados 880 casos nessa sexta (31/7), o maior aumento em um mês e novos lockdowns já estão sendo discutidos. Um dos principais exemplos de controle da pandemia, a Alemanha também está registrando aumentos considerados “muito preocupantes” pelo governo.

Em entrevista coletiva na terça-feira (28/7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a Covid-19 não parece ser uma doença sazonal, e não teria uma segunda onda, por exemplo. De acordo com o entendimento da OMS, o que se vê na Europa é que os casos de coronavírus não foram controlados e a abertura das economias deu espaço para a circulação do vírus aumentar.

A entidade afirma ainda que os jovens podem ser os grandes responsáveis pela alta nos casos. Fora do grupo de risco, eles estariam relaxando as precauções contra a Covid-19 e saindo mais de casa por conta do tempo bom.

“Dissemos antes e vamos falar de novo: jovens não são invencíveis. Eles podem ser infectados, podem morrer e podem transmitir o vírus para outras pessoas. É por isso que devem tomar as mesmas precauções de todos para se proteger, assim como proteger a comunidade. Jovens podem ser líderes – e devem ser agentes de mudança”, disse o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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