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BA.4 e BA.5: o que se sabe sobre as novas linhagens da Ômicron

Linhagens foram detectadas pelo pesquisador brasileiro Tulio de Oliveira em seis países, incluindo África do Sul, Alemanha e Reino Unido

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Ilustração colorida de Coronavírus, causador da Covid - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida de Coronavírus, causador da Covid - Metrópoles - Foto: Getty Images

Duas novas sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus foram detectadas pelo pesquisador brasileiro Tulio de Oliveira, do Centre for Epidemic Response and Innovation (CERI), da África do Sul. A descoberta foi divulgada nessa segunda-feira (11/4), pelo Twitter.

Segundo o cientista detalhou em sua conta pessoal, a BA.4 e a BA.5 são responsáveis ​​por uma parcela crescente de casos de Covid-19 sequenciados na África do Sul desde o início de março. As subvariantes foram detectadas também em Botswana, Bélgica, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido.

Estudos iniciais feitos no CERI mostram que ambas possuem várias mutações semelhantes a outras linhagens de Ômicron.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

Morsa Images/ Getty Images
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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

Morsa Images/ Getty Images
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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

NIAID/Flickr
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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

Callista Images/Getty Images
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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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A BA.4 e a BA.5 compartilham um perfil de pico semelhante ao da BA.2 – responsável pelo recente surto de Covid-19 em parte da Europa e Ásia –, exceto por três mutações adicionais: 69-70del, F486V e L452R.

As sublinhagens diferem entre si por 3 mutações de aminoácidos fora da proteína Spike, responsável por fazer a ligação entre o vírus e as células humanas após a infecção.

O cientista lembrou que a evolução da Ômicron e a identificação de sublinhagens é totalmente esperada e que mais estudos são necessários para definir o potencial de gravidade delas.

“É muito cedo para entender como isso afetará a epidemiologia. Sem motivo para alarme – especialmente com a experiência recente de BA.2 causando um prolongamento da onda, mas não um grande pico de casos, internações ou óbitos na África do Sul”, escreveu.

Segundo Oliveira, os principais órgãos de vigilância internacional foram notificados para a descoberta na última semana, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e o da África, o Departamento Nacional de Saúde (NDoH) e o Departamento de Ciência e Inovação (SA DSI) da África do Sul.

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