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AstraZeneca fará testes de vacina contra Covid-19 combinada com Sputnik V

A proposta da parceria foi feita pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF). Os ensaios clínicos adicionais começam neste mês

atualizado

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Daniel Schludi/Unsplash
covid vacina coronavírus sars cov 2
1 de 1 covid vacina coronavírus sars cov 2 - Foto: Daniel Schludi/Unsplash

A farmacêutica AstraZeneca informou nesta sexta-feira (11/12) que vai testar a combinação de sua candidata à vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, com a Sputnik V, imunizante do Instituto Gamaleya, da Rússia.

A proposta da parceria partiu do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e do Instituto Gamaleya. Em uma publicação no Twitter, em novembro, os pesquisadores russos ofereceram à AstraZeneca o uso de um dos dois componentes da vacina Sputnik V para a avaliação do aumento da eficácia da vacina.

Os ensaios clínicos adicionais começarão este mês para avaliar a segurança e a imunogenicidade. Em comunicado divulgado nesta sexta, a AstraZeneca afirmou que começará a explorar com o Instituto Gamaleya se duas vacinas baseadas no vírus do resfriado comum poderiam ser combinadas com sucesso.

Ambas usam tecnologia de vetor viral adenovírus, um vírus modificado que leva parte do material genético do novo coronavírus para dentro do organismo humano para induzir uma resposta imunológica no momento do ataque.

Os dois imunizantes são aplicados em duas doses para aumentar a proteção contra o Sars-CoV-2. A vacina de Oxford utiliza os mesmos adenovírus nas duas aplicações. Já o método do Instituto Gamaleya utiliza adenovírus diferentes em cada dose.

Segundo os cientistas responsáveis pela Sputnik V, “esta abordagem fornece uma resposta imune mais forte e de longo prazo em comparação com vacinas que usam o mesmo componente para ambas as inoculações”.

“Este exemplo único de cooperação entre cientistas de diferentes países no combate conjunto ao coronavírus terá um papel decisivo na conquista da vitória final sobre a pandemia globalmente”, afirmou o diretor-geral do RDIF, Kirill Dmitriev, em comunicado.

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