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Sem ceder ao União Brasil, Tarcísio busca fidelizar tucanos na Alesp

Tarcísio intensificou articulação para que os deputados da federação PSDB-Cidadania entrem oficialmente na base do governo na Alesp

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Mesa disposta com Tarcísio ao meio e deputados do PSDB nas laterais - Metrópoles
1 de 1 Mesa disposta com Tarcísio ao meio e deputados do PSDB nas laterais - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – Disposto a não ceder à pressão do União Brasil por cargos em seu governo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) intensificou a articulação com o PSDB para tentar fidelizar a bancada tucana na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e garantir uma base de apoio mais sólida.

Na última semana, Tarcísio recebeu no Palácio dos Bandeirantes 10 dos 12 deputados da federação formada por PSDB e Cidadania na Alesp para conversar. O encontro durou mais de duas horas e foi marcado por uma boa vontade política recíproca.

Após 28 anos no comando do estado, os tucanos ainda ocupam muitos cargos no segundo escalão do governo e da própria Alesp. Um exemplo é Marcos Penido, que já esteve ao lado dos ex-governadores João Doria e Rodrigo Garcia e hoje é auxiliar de Gilberto Kassab (PSD) na Secretaria de Governo.

Embora o governo tenha declarado que pretende se reunir com diversas bancadas da Alesp para se aproximar dos deputados – nesta segunda-feira (7/8), Tarcísio recebe os parlamentares do PL – , aliados descreveram o encontro com os tucanos como um “contra-ataque” de Tarcísio à atuação do União.

Sob forte influência do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, o União perdeu o feudo que tinha no governo Doria-Garcia, em especial na Secretaria de Logística e Transportes. A sigla reivindica agora o comando da CDHU, estatal que constrói unidades habitacionais, demanda tratada como inegociável por Tarcísio.

O governador têm dito que não loteará cargos nos escalões mais altos a partidos que não integraram sua coligação, caso do União e do PSDB, e que o seu apoio será por meio da liberação das emendas parlamentares. Mas no caso dos tucanos, a manutenção de cargos remanescentes na administração estadual pode ser usada como moeda de troca.

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Insatisfeitos com a articulação do governo na Alesp, deputados do União obstruíram, em junho, a votação de um projeto em que o estado pedia autorização para contrair empréstimos e viabilizar o projeto do trem São Paulo-Campinas, uma das promessas eleitorais de Tarcísio.

A situação foi contornada e a autorização acabou sendo aprovada na sessão seguinte, apesar de a sigla ainda se queixar nos bastidores. Recentemente, o líder do União na Alesp, Milton Leite Filho, disse a interlocutores que seu partido fará oposição ao governo Tarcísio.

O cálculo do governador é puramente matemático. Mesmo com uma nova filiação, o deputado Dr. Elton, que estava no PSC, o União Brasil tem oito deputados, enquanto a federação PSDB-Cidadania tem 12. À frente dos tucanos estão apenas o PL e a federação PT-PCdoB, com 19 parlamentares cada.

O próprio governo admite não ter, hoje, a garantia de 48 votos – de 94 deputados – para aprovar projetos de lei de seu interesse na Alesp.

Se no primeiro semestre foram enviados ao Legislativo apenas projetos de reajustes a servidores, que são apoiados pelas bancadas de oposição, para o restante do ano Tarcísio pretende aprovar três medidas polêmicas: a reforma administrativa, a privatização da Sabesp e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca autorização para remanejar recursos da Educação para a Saúde.

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