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Republicanos se equilibra entre Tarcísio e Lula de olho na sucessão de Lira

Presidente do Republicanos, partido de Tarcísio, deputado Marcos Pereira acena ao governo Lula de olho na eleição da Câmara em 2025

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Divulgação/Republicanos
Imagem colorida do presidente do Republicanos Marcos Pereira sentado ao fundo na mesa conversando com o governador Tarcísio de Freitas à esquerda na foto - metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente do Republicanos Marcos Pereira sentado ao fundo na mesa conversando com o governador Tarcísio de Freitas à esquerda na foto - metrópoles - Foto: Divulgação/Republicanos

São Paulo – O presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), voltou ao Brasil neste fim de semana, após viagem a Israel, com a missão de destravar um impasse dentro do partido: indicar um ministro no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sem perder seu principal quadro no país, o governador Tarcísio de Freitas, afilhado político de Jair Bolsonaro (PL) e opositor do petista.

Já é dado como certo em Brasília que o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) se tornará ministro do governo Lula – a pasta mais cotada é o Ministério do Esporte. A adesão do partido que integrou a coligação de Bolsonaro na eleição de 2022 irritou a base bolsonarista, que tem pressionado seus filiados ao partido a criticarem a negociação feita por Marcos Pereira publicamente.

Na última quarta-feira (9/8), Tarcísio cogitou, pela primeira vez, deixar o Republicanos, partido pelo qual foi eleito governador em 2022. “Eu sou contra. Para mim, não gostaria de ver meu partido fazendo parte da base do governo [Lula]”, disse Tarcísio. Questionado se a adesão poderia fazê-lo deixar o Republicanos, o governador respondeu: “Isso é uma coisa que vou avaliar com o partido”.

Marcos Pereira não quer abrir mão de nenhuma das duas frentes. Embora tenha pouquíssimo espaço no governo de São Paulo, Tarcísio é um ativo político importante para o Republicanos nas negociações em Brasília. E a principal delas está justamente relacionada ao polêmico aceno do partido ao governo Lula, com a indicação de um ministro.

Aliados do presidente do Republicanos ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a articulação de Marcos Pereira tem como norte a sucessão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-PI). Com o aceno a Lula agora, Pereira espera atrair o apoio do PT na disputa pela presidência da Casa em 2025, quando Lira não poderá mais se reeleger.

Para tentar minimizar o desgaste com a manobra dentro do Republicanos, especialmente entre os bolsonaristas, Pereira tem dito que a entrada do deputado Silvio Costa Filho na Esplanada dos Ministérios é uma ação pessoal de um parlamentar que já apoiava o PT e que irá se licenciar do partido enquanto for ministro de Lula.

Nos bastidores, contudo, Pereira sinalizou que o governo Lula poderá contar com os votos em peso da bancada do Republicanos na Casa, formada por 41 deputados. Uma mostra disso já ocorreu na votação da reforma tributária, cujo apoio foi defendido até por Tarcísio de Freitas. Na ocasião, Marcos Pereira saiu em defesa do governador após ele ser duramente atacado por seus aliados bolsonaristas.

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