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PF adia depoimento de Carla Zambelli no caso do ataque hacker

Deputada Carla Zambelli já havia dito que ficaria em silêncio em depoimento à PF; advogados questionam falta de acesso a inquérito

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1 de 1 imagem colorida de Carla Zambelli em coletiva - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo — A Polícia Federal (PF) adiou o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que estava marcado para a tarde desta segunda-feira (7/8), em São Paulo. A parlamentar é investigada por susposto envolvimento em ataque hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de tribunais.

Zambelli teria atuado juntamente  com o hacker Walter Delgatti Neto, que ficou nacionalmente conhecido por invadir contas do Telegram e roubar mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro.

A deputada já havia sido orientada pelo advogado Daniel Bialski a não responder às perguntas da PF, nesta segunda, em razão da falta de acesso da defesa aos autos da investigação. Bialski disse ao Metrópoles que a deputada quer falar, mas só fará isso quando tomar conhecimento do teor da investigação.

“Minha disposição sempre foi falar. Meu advogado entendeu que é melhor aguardar ter acesso aos autos. É muita informação desencontrada na imprensa”, disse Zambelli

Segundo Bialski, o adiamento do depoimento foi proposto pelo próprio delegado da PF encarregado da oitiva no início da tarde desta segunda-feira, quando Zambelli e o advogado já se dirigiam para a sede da superintendência na capital paulista.

“A motivação do adiamento foi essa, não tivemos acesso aos autos. Apesar de a defesa ter insistido desde a semana passada, na quarta-feira, na quinta-feira e na sexta feira, não tivemos acesso”, afirmou Bialski.

Investigação

Zambelli e Delgatti foram alvo de buscas e apreensões na última quarta-feira (2/8). Ele é suspeito de invadir sistemas do CNJ para expedir falsos mandados de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação identificou transferências de R$ 13,5 mil em Pix de servidores de gabinete de Zambelli para as contas de Delgatti.

Sabino: O hacker Walter Delgatti Neto é síntese da história recente do Brasil

Delgatti foi preso na mesma operação. Zambelli admitiu, em uma entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, ter mantido contato com o hacker. “Nos vimos três vezes e conversamos sobre tecnologia. Uma vez, o ajudei a vir a Brasilia, ele disse que teria provas e serviços a oferecer ao PL e o levei a Valdemar da Costa Neto, fizemos uma reunião”, admitiu.

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