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Justiça solta 1/3 dos presos na Cracolândia e Derrite fala em “retrabalho”

Secretário de Segurança lamentou soltura de seis dos 18 presos na Cracolândia no fim de semana; “Sofremos tanto quanto a população”, disse

atualizado

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Reprodução / Redes Sociais
Fotografia à noite mostra grande número de pessoas sentadas na rua durante operação policial na cracolândia - metrópoles
1 de 1 Fotografia à noite mostra grande número de pessoas sentadas na rua durante operação policial na cracolândia - metrópoles - Foto: Reprodução / Redes Sociais

São Paulo – O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse nesta segunda-feira (24/7) que seis dos 18 presos por tráfico de drogas na operação do último sábado (22/7) na Cracolândia, região central de São Paulo, foram liberados após audiência de custódia.

“Sem entrar no mérito da decisão do juiz, porque a autoridade judicial tem essa prerrogativa, isso dá uma noção da complexidade. Uma operação policial que leva meses para ser deflagrada, envolve uso de tecnologia, de investigação, esse foi o resultado até agora. Da nossa parte, é trabalhar”, disse Derrite, em entrevista coletiva na Praça da República.

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“Nós sofremos tanto quanto a população, pelo retrabalho que a gente tem que fazer. Nem por isso a gente vai ficar se lamentando”, completou.

No total, a polícia identificou 35 pessoas responsáveis pelo tráfico na Cracolândia, mas só 18 delas foram localizadas e presas. “Todos os presos possuíam antecedentes criminais. Não tinha nenhum santo”, afirmou Derrite.

Tornozeleira eletrônica

Segundo o secretário, a pasta está prestes a implementar o uso de tornozeleira eletrônica em investigados por tráfico de drogas na Cracolândia.

“Esses seriam bons exemplos para a gente utilizar a tornozeleira eletrônica. […] Em parceria com o Tribunal de Justiça nós estamos implementando o uso de tornozeleira eletrônica. Eles aprovaram agora o acordo de cooperação que vai permitir que a gente fiscalize de maneira mais eficaz. Já temos 200 à disposição que podem começar a ser utilizadas”, disse.

Derrite afirmou também que a pasta está estudando meios de oferecer a futuros presos a possibilidade de internação em clínicas para dependentes químicos em vez da reclusão no sistema prisional.

“É a possibilidade de Justiça terapêutica, de não persecução penal. Em que ele é alocado em uma clínica, em vez de ser preso. Ainda estamos aguardando o acordo com o Judiciário.”

O problema, diz Derrite, é que isso exige que o suspeito não tenha antecedentes criminais. “Cerca de 70% dos habitantes da Cracolândia têm passagem”, afirma.

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