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Exército investiga origem de fuzil localizado junto com metralhadoras

Fuzil calibre 7.62 foi encontrado no Rio de Janeiro junto com armamento furtado do Arsenal de Guerra de SP; não há notícias sobre presos

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Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
foto colorida das oito metralhadoras do Exército recuperadas pela polícia do Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 foto colorida das oito metralhadoras do Exército recuperadas pela polícia do Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

São Paulo — O Exército vai investigar a origem de um fuzil calibre 7.62 localizado durante operação no Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira (1º/11), que resultou também na recuperação de mais duas metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo.

No dia 19 de outubro, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, já tinham apreendido quatro metralhadoras .50 e quatro MAGs calibre 7.62. Os artefatos de guerra fazem parte das 21 armas furtadas do Arsenal de Guerra, localizado em Barueri, na Grande São Paulo, entre os dias 5 e 8 de setembro.

O furto só foi descoberto pelo Exército mais de um mês depois do crime, no último dia 10, durante inspeção no quartel. Três dias depois, o caso veio a público em reportagem do Metrópoles.

Segundo informações preliminares, o fuzil 7.62 foi encontrado junto com as metralhadoras do Exército. Não há notícias sobre onde as armas foram localizadas e nem sobre eventuais prisões. O Comando Militar do Sudeste convocou uma entrevista coletiva para a tarde desta quarta-feira em São Paulo.

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O furto das metralhadoras do Arsenal de Guerra, de acordo com as investigações do Exército, teve participação direta de pelo menos seis militares. O único identificado até agora é o cabo Vagner da Silva Tandu, de 23 anos. Motorista e homem de confiança do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-diretor do Arsenal, Vagner é apontado como a pessoa que tirou do quartel o armamento usando um veículo militar.

Outros cinco militares teriam ajudado o cabo diretamente. As investigações indicam que eles realizaram o corte intencional de energia do quartel, o que impediu as câmeras de segurança de registrarem a ação.

Pedidos de prisão

Comando do Sudeste pediu, na última quinta-feira (26/10), a prisão preventiva do cabo e dos militares. O Metrópoles apurou que, na véspera, Vagner teria esvaziado seus armários no quartel. Na quinta, ele faltou ao trabalho e, na sexta (27/10), apresentou um laudo psiquiátrico recomendando que ele ficasse uma semana afastado.

No entanto, ao passar por uma perícia com um médico do Exército nessa segunda-feira (30/10), Vagner teve o laudo rejeitado e foi considerado apto a trabalhar. Segundo pessoas ligadas à instituição, o militar cumpre jornada normalmente esta semana.

De acordo com fontes do Exército, a advogada de Vagner tem mantido contato direto com o Ministério Público Militar para tratar da situação de seu cliente. O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa do cabo nem do pai dele. O espaço segue aberto para manifestação.

Além do pedido de prisão dos seis militares suspeitos, o Exército aplicou “punição disciplinar” a outros 17 militares por falha de conduta na fiscalização do armamento. A punição consiste em uma espécie de prisão administrativa no quartel, que pode durar de 1 a 20 dias. O Metrópoles apurou que, inicialmente, 20 homens receberam a punição, mas três deles tiveram o recurso aceito.

O tenente-coronel Rivelino Batista, não é formalmente investigado, mas foi exonerado do cargo. Ele foi substituído pelo coronel Mário Victor Vargas Junior.

Facções criminosas

Até o momento, 19 das 21 metralhadoras foram recuperadas. Além das duas armas localizadas nesta quarta-feira, outras oito foram encontradas na comunidade Gardênia Azul, zona oeste do Rio, no dia 19 de outubro, e nove estavam enterradas na lama em uma área isolada na cidade de São Roque, no interior de São Paulo, em ação realizada no dia 25 de outubro.

Ninguém foi preso pelo crime até o momento.

Segundo as investigações, as armas foram levadas para fora do quartel a fim de que fossem negociadas com as facções Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.

A Polícia Civil acredita que os grupos criminosos recusaram o armamento por falta de peças e por causa do estado de conservação das metralhadoras.

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