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Delegado sobre assassino de irmão autista: “Psicopatia inigualável”

Guilherme França de Alcântara, de 19 anos, confessou crime e deu detalhes à polícia de SP sobre como esquartejou corpo do próprio irmão

atualizado

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Reprodução/TV Record
Imagem colorida de homem moreno, cabelo e barba pretos, com olhar sério - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem moreno, cabelo e barba pretos, com olhar sério - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Record

São Paulo – O delegado responsável pela investigação do assassinato e esquartejamento de Caio França de Alcântara, de 7 anos, afirmou que o irmão dele, preso pelo crime, “é uma pessoa fria” e de uma “psicopatia inigualável”. A vítima era autista.

Ao Metrópoles, Ricardo Igarashi, titular do 100º DP, afirmou que Guilherme França de Alcântara (foto em destaque), de 19 anos, confessou o crime em depoimento, que durou cerca de cinco minutos.

“Ele disse que tinha vontade de matar alguém, sem ter um alvo específico. Quando ficou sozinho com o irmão de 7 anos, chamou a criança até o quarto e aplicou nela um ‘mata-leão’ [golpe de chave de braço].”

O assassino disse em depoimento que, assim que a criança ficou inconsciente, usou um cadarço matá-la sufocada. “Quando ele constatou que havia matado o irmão, quebrou os braços e pernas dele e colocou o corpo dentro do guarda-roupa”, disse ainda Igarashi.

O crime ocorreu por volta das 8h30 dessa terça-feira (26/9), quando os pais do assassino e da vítima haviam saído. O pai chegou em casa às 9h e notou a ausência da criança. Ele procurou pelo bairro e pediu a vizinhos que verificassem as câmeras de vigilância para tentar localizar Caio, sem sucesso.

Quando a mãe retornou para casa, por volta das 16h, ficou desesperada ao não encontrar Caio. Pensando tratar-se de um desaparecimento, ela foi até o 100º DP para registrar a ocorrência.

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Segundo a polícia, o criminoso aproveitou que ficou novamente sozinho e esquartejou o corpo do irmão. Para isso, usou um facão, cortando a criança em duas partes.

A parte superior do corpo foi colocada em um saco e deixada sob a cama do assassino. A parte inferior foi deixada no guarda-roupa. Guilherme limpou o sangue resultante dos cortes com produtos de limpeza. Em seguida, borrifou perfume no quarto.

De acordo com os policiais, mesmo percebendo o desespero dos pais, Guilherme dormiu com o cadáver do irmão no mesmo cômodo.

Prisão

No dia seguinte, policiais civis foram até a casa onde o corpo estava e suspeitaram da atitude aparentemente fria de Guilherme. Também desconfiaram do fato de que as imagens de câmeras da vizinhança, analisadas anteriormente, não registraram a saída de Caio do imóvel.

Os investigadores pediram para entrar no quarto de Guilherme, onde notaram o forte cheiro de perfume e encontraram um caderno, no qual havia anotações sobre o “desejo de matar”, segundo a polícia.

Na sequência, os policiais decidiram vistoriar o quarto e encontraram o corpo esquartejado de Caio.

Guilherme foi preso em flagrante e levado à delegacia, onde, de acordo com o delegado do 100º DP, não esboçou “nenhum sentimento.” “Ele falou não sentir remorso. Ele é um psicopata”, afirmou Ricardo Igarashi.

Guilherme foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por emboscada, motivo fútil e por ter sido praticado contra vítima menor de 14 anos. A Justiça converteu, no final da manhã desta quinta-feira (28/9), a prisão em flagrante para preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

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