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Bolsonaro enaltece mortes pela Rota em SP: “Vão operar mais uns 40 lá”

Jair Bolsonaro fez comentário sobre mortes de suspeitos pela Rota em conversa com apoiadores em Angra dos Reis (RJ), segundo a Folha

atualizado

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Imagem colorida traz reprodução de vídeo em que Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas são vistos lado a lado em meio a um grupo de pessoas que acompanha um enterro
1 de 1 Imagem colorida traz reprodução de vídeo em que Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas são vistos lado a lado em meio a um grupo de pessoas que acompanha um enterro - Foto: Reprodução/X

São Paulo — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante encontro com apoiadores nesse sábado (3/2), em Angra dos Reis (RJ), que a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da Polícia Militar (PM) paulista, deve matar cerca de 40 suspeitos na Baixada Santista, em resposta ao assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo, na última sexta-feira (2/2).

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro deu a declaração ao receber apoiadores em sua casa de praia em Mambucaba, distrito de Angra dos Reis. De acordo com a reportagem, durante o encontro, ele atendeu a um telefonema de uma pessoa que seria da Rota e perguntou se a tropa de elite da PM já tinha começado a “operar na Baixada”. “Já operou quantos aí?”, perguntou Bolsonaro ao interlocutor.

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Segundo a Folha, após terminar a ligação, Bolsonaro deixou claro em um comentário irônico com os apoiadores presentes que a palavra operar significava matar.

“Mataram um soldado da Rota ontem com um tiro no olho. A Rota já desceu para operar. Tem um soldado ferido no braço. Na última vez, acho que uns 50 foram operados lá. Problema de pele, micose, todos foram operados, bem tratados”, afirmou Bolsonaro, ainda de acordo com a Folha. “Vão operar mais uns 40 lá, com certeza”.

Até a manhã deste domingo (4/2), segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a PM já havia matado seis suspeitos em supostas trocas de tiro na Baixada Santista. As identidades das vítimas ainda não foram divulgadas. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, todas portavam armas e drogas. O suspeito de ter matado o soldado da Rota seguia foragido.

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A PM deflagrou uma nova fase da Operação Escudo no fim de janeiro, após a morte de um soldado com um tiro na cabeça, durante a Operação Verão no litoral. A ação, contudo, foi intensificada após o assassinato do soldado da Rota, na última sexta-feira (2/2), com um tiro no olho. A ação foi registrada pela câmera corporal que o agente usava durante uma varredura em uma comunidade de Santos.

Veja:

Na tarde de sábado, Bolsonaro foi ao enterro do soldado da Rota Samuel Cosmo, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Cemitério do Araçá, na zona oeste da capital paulista (foto em destaque). O secretário Guilherme Derrite disse que a PM continuará em busca do responsável pelo assassinato do policial.

A Operação Escudo tem sido deflagrada pela PM toda vez que um policial é assassinado em serviço para identificar e prender os autores dos crimes. Na primeira fase da operação, deflagrada em julho de 2023, após o assassinato do soldado da Rota Patrick Reis, 28 suspeitos foram mortos em supostos confrontos, segundo o governo paulista.

Os suspeitos pelo homicídio do soldado foram presos e as circunstâncias das mortes praticadas pelos policiais no litoral viram objeto de investigação por suspeita de abusos.

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