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Varejo decepciona e tem queda de 0,3% nas vendas em outubro

Em relação a outubro do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses, crescimento foi de 1,5%, diz IBGE

atualizado

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Mulher faz compras em shopping na época do Natal. Ela carrega sacolas e veste um casaco vermelho, aparecendo de costas na imagem. Ao fundo, uma árvore de Natal - Metrópoles
1 de 1 Mulher faz compras em shopping na época do Natal. Ela carrega sacolas e veste um casaco vermelho, aparecendo de costas na imagem. Ao fundo, uma árvore de Natal - Metrópoles - Foto: Sean Gallup/Getty Images

O volume de vendas do varejo brasileiro registrou uma queda de 0,3% em outubro deste ano, na comparação mensal, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (14/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a outubro do ano passado, as vendas do comércio varejista tiveram alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses, a expansão foi de 1,5%.

O desempenho do varejo brasileiro em outubro veio abaixo das expectativas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava que houvesse uma alta mensal de 0,2% nas vendas. Já na base anual, a projeção era um crescimento de 1,8%.

Em setembro, as vendas do comércio varejista tiveram alta de 0,6% na comparação mensal e de 3,3% na anual.

De acordo com o IBGE, no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, as vendas recuaram 0,4% em relação a setembro.

A média móvel trimestral para o varejo teve ligeira alta de 0,1% no trimestre móvel encerrado em outubro.

6 das 8 atividades tiveram queda na comparação anual

Na comparação com o mesmo período de 2022, houve taxas negativas em combustíveis e lubrificantes (-9,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-4,8%), tecidos, vestuário e calçados (-3,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,4%).

Os dois setores que tiveram alta foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,2%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%).

Alta nas vendas apenas em 11 das 27 unidades da Federação

Na comparação anual, segundo o levantamento do IBGE, houve resultados positivos em 11 das 27 unidades da Federação em outubro, com destaque para Tocantins (12,6%), Maranhão (10,1%) e Ceará (9,1%).

Entre as 15 unidades da Federação com queda em outubro, destaque para Paraíba (-21,8%), Amapá (-13,7%) e Roraima (-7,5%). São Paulo registrou variação nula (0%).

Na comparação mensal, por sua vez, as vendas do varejo recuaram em 17 das 27 unidades da Federação.

Análise

Segundo Igor Cadilhac, economista do PicPay, o varejo ainda deve voltar “para o campo positivo até o final do ano”. “Para 2024, o avanço da renda real e a redução no comprometimento de renda e na inadimplência devem contrabalançar um juro real ainda elevado”, afirma.

“Com todos os setores da atividade econômica (serviços, varejo ampliado e indústria) apresentando variações tímidas na margem, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) deve apresentar um recuo de 0,5% em outubro”, projeta Cadilhac.

Maykon Douglas, economista da Highpar, avalia que “o varejo vem se aproximando do padrão pré-pandemia, com taxas próximas à estabilidade em quase todos os meses do ano, mas mais tímidas do que o padrão pré-Covid”.

“Permanece o padrão recente, de destaque a itens mais básicos em razão dos juros restritivos. Olhando o consolidado de outubro ao se juntar as demais sondagens (indústria e serviços), os números confirmam a consolidação da desaceleração da atividade ao longo do segundo semestre, mas em nível pior que o esperado”, diz.

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