metropoles.com

“Petrobras trabalhou contra o país nos últimos anos”, diz ministro

Segundo Alexandre Silveira, a política de preços da Petrobras “é uma abstração” e a empresa estatal “se afastou muito da sua função social”

atualizado

Compartilhar notícia

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Foto colorida do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira - Metrópoles - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (15/5) que a Petrobras “trabalhou contra o país” nos últimos anos.

Ao participar de um seminário promovido pela Esfera Brasil, grupo que reúne empresários de diversos setores da economia brasileira, Silveira reiterou que o governo federal pretende alterar a atual política de preços da estatal. Essa intenção já foi explicitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo comandante da Petrobras, Jean Paul Prates, além do próprio Silveira.

Atualmente, a política de preços da Petrobras está vinculada à flutuação do valor praticado no mercado internacional, por meio do Preço de Paridade de Importação, o PPI.

“É importante ter a franqueza de dizer que venceu as eleições um outro projeto de país. Eram duas políticas econômicas completamente diferentes, em especial em relação à Petrobras”, afirmou Silveira, referindo-se à vitória de Lula sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022.

“Em sã consciência, ninguém vai negar o respeito à governança interna da Petrobras, à sua natureza jurídica de empresa de capital aberto. Mas também não nos faltará firmeza e coragem para assumirmos uma posição”, prosseguiu o ministro de Minas e Energia. “Quando o acionista vai à bolsa e adquire ações da Petrobras, ele sabe que o poder controlador da Petrobras é o governo. O governo compõe a maioria do conselho da Petrobras.”

Segundo Alexandre Silveira, a política de preços da Petrobras “é uma abstração” e a empresa estatal “se afastou muito da sua função social”.

“O que há é que a Petrobras tem também um papel constitucional, que é a sua função social. É uma empresa indutora do crescimento nacional”, afirmou.

“A Petrobras, criminosamente, trabalhou contra o país nos últimos anos. O botijão de gás é vendido pela Petrobras 26% acima do preço do PPI. É um gás que, inclusive, é pago pelo governo para chegar na casa do pobre. A Petrobras tem gordura para poder queimar acima do PPI na gasolina e no diesel”, afirmou Silveira.

Também participaram do debate o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.

Convidado para participar do painel, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, não compareceu. Seu nome havia sido anunciado pela organização do evento. Procurada pelo Metrópoles, a Esfera Brasil informou que foi avisada sobre a ausência de Ferreira Júnior poucos minutos antes do início do painel.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?