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Pacote para baratear carro terá pequeno impacto no país, diz consultor

Para Milad Kalume Neto, da Jato Brasil, conjunto de medidas é tímido e não muda custo elevado e pouca competitividade do produto nacional

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de indústria automobilística - Foto: Getty Images

As medidas anunciadas nesta segunda-feira (5/6) pelo governo federal para aquecer o setor automotivo no Brasil terão, na prática, pequeno impacto no mercado nacional. A avaliação é do consultor Milad Kalume Neto, da Jato Brasil.

Na avaliação do técnico, sob o ponto de vista das montadoras, “haverá um pequeno alívio, uma pequena movimentação, mas que não resolverá o problema do segmento”. “A grande questão é o custo elevado da fabricação de automóveis e, por isso, a falta de competitividade dos nossos produtos em outros mercados”, diz Kalume Neto. “Isso não está sendo atacado pelo programa do goverrno.”

Ele observa que é esse o motivo pelo qual o mesmo carro, caso de um Renault Kwid, custa R$ 68.990,00 no mercado nacional e, no México, sai por 46.130,71 (ou R$ 22.859,29 a menos). “A diferença é resultado, principalmente, de fatores como impostos e o ‘custo Brasil’”, diz. Entenda-se por “custo Brasil” o conjunto de dificuldades estruturais, além de questões burocráticas, trabalhistas e econômicas que incidem sobre os negócios no país.

Falta de dados

O consultor também considera precipitado definir qual o possível acréscimo de vendas que as medidas podem trazer, tanto para veículos leves como para caminhões e ônibus, que também entraram na atual versão do pacote. “Ainda faltam dados para isso”, afirma. “Para definir o impacto de uma forma mais precisa temos de esperar pela publicação do decreto sobre o assunto. Muitas coisas ainda precisam ser esclarecidas, como quais carros realmente terão os maiores descontos oferecidos pelo governo.”

Para o diretor da Jato Brasil, embora o governo tenha anunciado reduções de até R$ 8 mil no valor dos carros de entrada, isso quer dizer que os preços desses automóveis cairão dos atuais R$ 69 mil para cerca de R$ 61 mil. “Mesmo que as montadoras ainda reduzam um pouco mais esse número, ainda não dá para dizer que esses sejam valores de carros populares”, diz. “Não consigo chamar de popular um veículo vendido a esse preço no Brasil.”

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