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Justiça manda Itaú BBA mostrar e-mails da negociação de venda do Kabum

O banco também deve apresentar contratos e mostrar as comissões recebidas com a venda do site de e-commerce para o Magazine Luiza

atualizado

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Divulgação/Kabum
imagem colorida irmaos criadores kabum leandro thiago ramos
1 de 1 imagem colorida irmaos criadores kabum leandro thiago ramos - Foto: Divulgação/Kabum

A Justiça determinou nesta segunda-feira (29/5) que, no prazo de 15 dias, O Itaú BBA apresente todas as comunicações eletrônicas ou físicas que, por meio de qualquer um de seus representantes, trocou com o Magazine Luiza relativas à venda do Kabum, entre 2019 e 2021. Isso para demonstrar – ou não – se houve tratamento semelhante às propostas de todos os interessados na aquisição da empresa de e-commerce.

Na mesma decisão – e pelo mesmo motivo –, a juíza Tamara Hochgreb Matos, da 24ª Vara Cível de São Paulo, definiu que o banco deve mostrar as cópias do Contrato de Coordenação, Colocação e Garantia Firme de Liquidação de Ações Ordinárias de Emissão do Magazine Luiza, celebrado entre o Itaú BBA e o Magalu, descrito no Fato Relevante de 15/7/2021.

A instituição financeira deve ainda informar os valores das comissões pagas pelo Magazine Luiza ao Itaú BBA e ao Itaú BBA USA na oferta pública de ações do Magalu, realizada em julho de 2021 (“follow on”), pouco depois da venda do site. Diz a sentença: “Isso com a indicação precisa de quais foram os valores pagos ao banco e a que título eles foram pagos. Tais documentos poderão ser juntados como documentos sigilosos nos autos.”

Consultado, o Itaú BBA disse que não iria se manifestar sobre a decisão da Justiça.

Entenda o caso

Os irmãos Leandro e Thiago Ramos (imagem em destaque), criadores do Kabum, a maior plataforma de e-commerce da América Latina no segmento de tecnologia e games, estão contestando na Justiça a forma como a empresa foi vendida para o Magazine Luiza, em julho de 2021, por R$ 3,5 bilhões.

Em uma ação com argumentos dispostos em 73 páginas, eles alegam que foram prejudicados pelo Itaú BBA, que intermediou as negociações com o Magalu. Na ocasião em que o caso veio à tona, o banco negou a acusação.

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