metropoles.com

Ex-donos do Kabum querem ver e-mails trocados entre Itaú BBA e Magalu

Solicitação foi feita à Justiça para produção antecipada de provas em processo contra o banco. Medida havia sido concedida, mas foi suspensa

atualizado

Compartilhar notícia

Kabum!/Reprodução
Logo Kabum!
1 de 1 Logo Kabum! - Foto: Kabum!/Reprodução

Os advogados dos ex-donos do Kabum, o maior site de e-commerce da América Latina de artigos de tecnologia e games, solicitaram à Justiça o acesso a e-mails e mensagens de WhatsApp, trocados entre executivos do Itaú BBA e do Magazine Luiza, o Magalu. O objetivo do pedido, feito à 24ª Vara Cível de São Paulo – no jargão, uma “produção antecipada de provas” –, é obter subsídios num processo contra o banco.

Os irmãos Leandro e Thiago Ramos, que criaram o Kabum em 2003, questionam a forma como a plataforma foi vendida para o Magalu, em 2021, por R$ 3,5 bilhões. Eles alegam que foram prejudicados pelo Itaú BBA, que intermediou a negociação com a varejista. O banco nega as acusações. (Veja reportagem completa neste link.)

O pedido de acesso aos e-mails e mensagens chegou a ser concedido pela Justiça. Em 15 de fevereiro, porém, a juíza responsável pelo caso, Tamara Matos, suspendeu a medida. Isso para que os advogados dos irmãos Ramos se manifestassem sobre um questionamento feito pelo Itaú BBA. Na ocasião, os representantes legais do banco alegaram, entre outros pontos, que a competência para tal processo deveria ser de varas empresariais. Ou seja, na prática, a solicitação está pendente no momento.

Na ação, os representantes dos irmãos Ramos especificam que, além de contratos, querem ter acesso aos e-mails e mensagens do executivo do banco responsável pela venda, Ubiratan Machado, “sobretudo”, como frisam, com Frederico Trajano, o CEO do Magazine Luiza. Ambos são cunhados. Para os advogados dos criadores da plataforma, tal relação caracterizaria um conflito de interesses na negociação. A solicitação também se estende para outras empresas que tenham negociado com o banco a compra da plataforma.

Em defesa apresentada à Justiça, os advogados do Itaú BBA contestaram o pedido. Além da questão da competência do processo. eles afirmam que a “demanda não passa de uma manobra processual”, realizada em “completo abuso de direito e desvirtuamento do escopo e objetivos da produção antecipada de provas, para realizar uma busca especulativa— ou melhor, uma verdadeira devassa — em documentos internos e confidenciais do Itaú BBA”.

A seguir, acrescentam: “De maneira tão surpreendente quanto temerária, os requerentes pretendem revirar os arquivos do banco e ter acesso a documentos e comunicações sigilosas e protegidas”. Na ação, os advogados do Itaú BBA acrescentam que o vínculo entre Trajano, o CEO do Magalu, e Machado, o executivo do Itaú BBA, era um “fato público e notório”. Consultadas, as empresas não quiseram se manifestar.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?