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A exemplo do Fed, Banco Central Europeu desacelera alta dos juros

BCE aumentou pela quarta vez consecutiva sua taxa básica de juros, desta vez em 0,5 ponto percentual, desacelerando o aperto monetário

atualizado

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1 de 1 banco-central-europeu - Foto: Reprodução

O Banco Central Europeu (BCE) aumentou pela quarta vez consecutiva sua taxa básica de juros, desta vez em 0,5 ponto percentual. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (15/12).

O banco promoveu uma desaceleração de seu aperto monetário. Nas duas reuniões anteriores, a alta havia sido de 0,75 ponto percentual.

Com o novo aumento dos juros, a taxa de depósito de referência do BCE passa a ser de 2%. A taxa de refinanciamento fica em 2,5%, e a taxa de empréstimo, em 2,75%.

Novos aumentos no radar

Segundo o comunicado divulgado pelo BCE, a taxa de juros pode aumentar novamente nas próximas reuniões, para conter a inflação, que segue alta e acima da meta.

De acordo com o BCE, “manter as taxas de juros em níveis restritivos reduzirá, com o tempo, a inflação, ao amortecer a demanda, e também protegerá contra o risco de uma mudança persistente para cima nas expectativas de inflação”.

Assim como em outros comunicados, o BCE informou que as decisões sobre a taxa de juros serão tomadas pontualmente, com base em dados analisados a cada reunião. A desaceleração na alta dos juros já era esperada pelo mercado.

Federal Reserve também pisa no freio

Na véspera, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos)  elevou a taxa básica de juros da economia americana em 0,5 ponto percentual, levando os juros básicos para um intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A decisão representa uma diminuição no ritmo de alta dos juros americanos nos últimos meses. Nas três últimas reuniões do Fed, a taxa havia aumentado em 0,75 ponto percentual.

A decisão de “pisar no freio” e diminuir o ritmo do aperto monetário foi unânime. A desaceleração no avanço dos juros já vinha sendo debatida e era esperada pelo mercado.

No entanto, o Fed anunciou que projeta a taxa básica de juros em 5,1% em 2023 – uma alta de 0,5% em relação à projeção anterior, de 4,6%.

Para 2024, o banco estima uma taxa de 3,9% (ante 4,1% da projeção anterior). Para 2025, o percentual foi reduzido de 3,1% para 2,9%.

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