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Turquia ataca posições do Estado Islâmico após atentado em casamento

O atentado foi o mais mortífero dos vários ocorridos no país neste ano. A grande maioria dos mortos (29 deles) era de crianças, além de 13 mulheres. Mais de 60 feridos seguiam hospitalizados

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EXPLOSÃO NA TURQUIA
1 de 1 EXPLOSÃO NA TURQUIA - Foto: IHA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Forças de segurança da Turquia dispararam no território mantido pelo Estado Islâmico ao longo da fronteira com a Síria nesta terça-feira (23/8), em uma campanha de retaliação após um atentado no fim de semana em um casamento que matou 54 pessoas. Ao mesmo tempo, o conselho militar supremo, comandado pelo primeiro-ministro Binali Yildirim, se reuniu na capital do país, Ancara, enquanto autoridades debatiam como reforçar o combate ao terrorismo .

Autoridades da Turquia atribuíram ao Estado Islâmico o ataque em Gaziantep, maior cidade do sudeste turco, de maioria curda. Não houve, porém, uma reivindicação da autoria do ataque pelo grupo. Investigadores turcos trabalham para identificar os autores da ação e apuram se uma criança com idade entre 12 e 14 anos teve um papel no atentado, que ocorreu às 23h (hora local) do sábado

O atentado foi o mais mortífero dos vários ocorridos na Turquia neste ano. A grande maioria dos mortos (29 deles) era de crianças, além de 13 mulheres. Mais de 60 feridos seguiam hospitalizados.

Disparos
A partir da noite de segunda-feira, unidades de artilharia turca dispararam em posições do Estado Islâmico em Jarablus, cidade síria fronteiriça perto de Gaziantep, com aproximadamente 1 milhão de habitantes.

Na manhã desta terça-feira, a Turquia disparou pelo menos 40 salvas de artilharia, segundo a imprensa turca. Ao mesmo tempo, as agências de segurança do país têm imposto uma proibição de que a mídia acompanhe a investigação.

Yildirim disse na noite de segunda-feira que investigadores apuram se, como dito por testemunhas, uma criança foi responsável por levar os explosivos à cerimônia. O premiê afirmou que a identidade do autor do ataque ainda não foi determinada.

Alemanha
A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu às pessoas de origem turca que vivem há tempos na Alemanha que sejam fiéis ao país onde habitam. Merkel se comprometeu, porém, a também ouvir os anseios dessa parcela da população.

A fala de Merkel é divulgada durante um período tenso nas relações entre Alemanha e Turquia e em meio a preocupações de que as disputas políticas domésticas na Turquia possam se disseminar pelas ruas alemãs. Ancara se enfureceu por um voto em junho no Parlamento alemão que qualificou como genocídio a matança de armênios pelos turcos otomanos, há um século. Autoridades alemãs também criticaram o escopo da repressão na Turquia após uma tentativa de golpe, enquanto o governo turco reclamou da falta de apoio do Ocidente depois do episódio.

A Alemanha abriga cerca de 3 milhões de pessoas com origem turca “Nós esperamos das pessoas de origem turca que vivem há tempos na Alemanha que desenvolvam um alto grau de lealdade a nosso país”, Merkel disse em entrevista ao jornal Ruhr Nachrichten. Segundo ela, o governo tenta manter os ouvidos abertos para ouvir as preocupações dessa população e segue em contato com organizações de imigrantes.

Golpe
Em 31 de julho, cerca de 40 mil pessoas se manifestaram em Colônia para denunciar o fracassado golpe ocorrido na Turquia e demonstrar apoio ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Ainda que a manifestação tenha sido pacífica, o episódio causou estranhamento para alguns na Alemanha.

Com duas eleições estaduais previstas para o próximo mês e a eleição geral em 2017, alguns políticos do bloco conservador de Merkel pedem uma reavaliação das regras aprovadas em 2014 que facilitaram que crianças imigrantes mantenham dupla cidadania. Essa mudança afeta em grande medida a comunidade turca que vive na Alemanha.

Merkel disse que todos que vivem na Alemanha têm liberdade de expressão e para se manifestar, mas é preciso lidar de maneira pacífica com as diferenças de opinião. Ainda que a coalizão dela tenha afrouxado regras sobre a dupla cidadania, a chanceler já afirmou que não pretende liberalizar mais essas normas.

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