Um grupo de músicos ucranianos trouxe conforto aos ouvidos dos cidadãos de Kharkiv neste sábado (26/3), em meio aos bombardeios constantes da ofensiva russa. Na segunda maior cidade do país, instrumentistas ofereceram um concerto ao público que circula no subsolo e aos refugiados abrigados no metrô da cidade.
A apresentação foi pensada em homenagem ao Kharkiv Music Fest, maior festival de música clássica da Ucrânia. O evento estava previsto para ocorrer neste sábado, na Filarmônica de Kharkiv. Contudo, o local foi atingido por mísseis russos no início deste mês. Longe dos salões, o concerto foi transferido para o subsolo da cidade, protegido dos ataques aéreos.
Segundo a agência France-Presse, três violinistas, um violoncelista e um contrabaixista tocaram canções populares e o hino do país para os cidadãos protegidos do bombardeio constante, em cima das escadas de mármore de uma das maiores estações de metrô da cidade, perto da fronteira com a Rússia.
Maria Avdeeva, diretora de uma instituição apartidária focada em relações governamentais ucranianas, registrou o momento em que os instrumentistas tocaram a música Prayer for Ukraine (oração pela Ucrânia, em tradução livre).
Veja o vídeo:
No Twitter, ela fez um depoimento sobre o momento comovente. “Não foi minha primeira vez na cidade do metrô de Kharkiv, mas provavelmente a mais emocionante”, escreveu. “Por causa do show e também após falar com crianças que vivem no subsolo há mais de um mês. Apesar de todas as dificuldades, as pessoas estão cheias de otimismo e esperança, e isso me dá força.”
It was not my first time in Kharkiv subway city, but probably the most emotional. Because of the concert and also speaking to children who have been living underground for over a month now. Despite all difficulties people are full of optimism and hope and this gives me strength. pic.twitter.com/spIIhUS4Me
— Maria Avdeeva (@maria_avdv) March 26, 2022

A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na regiãoReprodução

Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogoGabinete do Presidente da Ucrânia

Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos diasFoto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images

Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao paísFoto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images

Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images

A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasãoPierre Crom/Getty Images

Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da UcrâniaFoto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images

Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trensOmar Marques/Getty Images

Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia Pierre Crom/Getty Images

Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da BielorrússiaPierre Crom/Getty Images

Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da RússiaGetty Images

Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em KievChris McGrath/Getty Images

Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da UcrâniaFuture Publishing via Getty Images

Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na AlemanhaKay Nietfeld/picture aliança via Getty Images

A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images

No quarto dia do ataque, foi possível ver fumaça subindo pelos prédios após bombardeios. Além disso, explosões e tiros foram relatados na área em torno da capital do paísPierre Crom/Getty Images

Residências de civis foram destruídas e, além da invasão de soldados da Rússia, cidades como Donetsk passaram a ficar sob controle de separatistas pró-russosLeon Klein/Agência Anadolu via Getty Images

No quinto dia do conflito, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, assinou o contrato de pedido de adesão à União EuropeiaPresidência Ucraniana/Agência Anadolu via Getty Images

Enquanto isso, cidades continuam sendo destruídas. Em diversas regiões, é possível ver prédios em ruína e cenário apocalíptico Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images

No sexto dia da invasão, o prédio do governo em Kharkiv foi alvo de um míssilServiço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images

O gabinete do governador de Kharkiv ficou destruído após o bombardeio Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images

No sétimo dia do conflito, e após prédios serem completamente destruídos em Kharkiv, russos afirmaram ter tomado KhersonSergei Malgavko/TASS via Getty Images

Enquanto os ataques russos continuam, civis se abrigam em estações de metrô Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

No oitavo dia do conflito, é possível ver o resultado da ocupação de soldados russos em Kharkiv. Prédios e estruturas ficaram completamente destruídos após ataquesServiço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images

Em Lviv, civis construíram barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e para ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos Abdullah Tevge/Agência Anadolu via Getty Images

No nono dia do conflito, a Rússia tomou o controle da maior usina nuclear da Europa, a ucraniana Zaporizhzhia. O local foi bombardeado e pegou fogo. Apesar disso, reatores não foram afetadosZaporizhzhia Nuclear Power Plant/Anadolu Agency via Getty Images

No décimo dia da invasão, a Rússia continua o ataque às principais cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, mais de uma semana depois de lançar uma invasão em larga escala do paísAnastasia Vlasova/Getty Images)

Durante os bombardeios, civis evacuam a cidade de Irpin, a noroeste de KievWolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images

Imagem de um helicóptero russo sendo derrubado por forças ucranianas virou notícia na imprensa mundialDEFENSE MINISTRY OF UKRAINE/Anadolu Agency via Getty Images

No 11º dia da ofensiva militar russa, combatentes ucranianos realizam casamentos em meio a ataques de rivaisVitaliy Klitschko/Reprodução

Em outra parte do país, soldados tentam salvar a vida de civil jogado no chão após bombardeio russo. Ao lado, estirados, estão os corpos dos familiares da vítimaAndriy Dubchak / dia images via Getty Images

O 12º dia do conflito foi marcado pela terceira tentativa de negociação entre o governo russo e ucraniano. Apesar de corredores humanitários terem sido um pequeno avanço, segundo negociadores, a guerra continua. Além dos ataques em áreas residenciais, bombardeios incendiaram uma refinaria em Lugansk Reprodução/ Twitter

No decorrer do dia, e após ataques russos em Irpin, civis continuaram tentando fugir da UcrâniaWolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

No décimo quarto dia do conflito, forças russas bombardearam uma maternidade e um hospital infantil na cidade ucraniana de MariupolReprodução vídeo/Euronews

No décimo quinto dia da guerra, moradores de Irpin e Bucha tentaram fugir dos ataques russos através de áreas destruída. Irpin, um subúrbio a noroeste de Kiev, passou por dias de bombardeios contínuos por forças russas que avançavam em direção à capitalChris McGrath / Equipe/Getty Images

No décimo sexto dia do conflito é possível ver o resultado da ocupação de soldados russos em Dnipro. Casas e demais estruturas ficaram completamente destruídas após ataquesAnadolu Agency /Getty Images

No décimo sétimo dia da invasão, civis continuaram tentando deixar cidades que estão sendo bombardeados enquanto outros, que não podem sair de onde estão, lutam para sobreviver ao conflitoAnadolu Agency /Getty Images

No décimo oitavo dia da guerra, mísseis russos atingiram áreas residenciais em Kharkiv. Civis feridos por bombardeios foram vistos em um hospital da regiãoAnadolu Agency /Getty Images

Estruturas ficaram danificadas após ataque de mísseis em KharkivAnadolu Agency //Getty Images

No décimo nono dia do conflito, a capital ucraniana foi atingida por mísseis russos. Um prédio residencial foi atingido e bombeiros trabalharam para retirar sobreviventes do local. Pelo menos duas pessoas foram mortas e outras dezenas ficaram feridasAnadolu Agency /Getty Images

Bombeiros retirando sobreviventes de prédio atacado por forças russasAnadolu Agency /Getty Images

No 20º dia do conflito, outro prédio residencial foi bombardeado por russos. Bombeiros tentaram apagar o incêndio que durou várias horas Anadolu Agency /Getty Images

Cadáveres de civis foram carregados por ucranianos enquanto bombeiros tentavam apagar fogo do prédio residencial atacado em KievAnadolu Agency /Getty Images

No 21º dia do conflito, a Ucrânia divulgou mais dois ataques a áreas residenciais nas principais cidades do país. Na capital Kiev, pelo terceiro dia seguido, um prédio civil foi atingido por bombardeios russos. Felizmente o serviço de emergência ucraniano não registrou mortos. Entretanto, em Kharkiv, a segunda maior cidade, explosões fizeram duas vítimas. Serviço de Emergência da Ucrânia/Facebook
As autoridades ucranianas apontam que a intensidade dos ataques russos se encontra em uma escalada assombrosa, inclusive com hospitais, escolas, casas e abrigos como alvo. Ao menos quatro grandes cidades ucranianas estão em colapso. Faltam água, luz, aquecimento, comunicação (internet e telefone) e comida.