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Rishi Sunak será o novo primeiro-ministro do Reino Unido

Segundo colocado na disputa que elegeu Truss, ele foi nomeado líder do Partido Conservador após a principal adversária sair da disputa

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Rishi Sunak, ex-chefe da pasta de Finanças e recém eleito premiê inglês caminha em frente à casa oficial do primeiro-ministro na Downing Street segurando pasta vermelha - Metrópoles
1 de 1 Rishi Sunak, ex-chefe da pasta de Finanças e recém eleito premiê inglês caminha em frente à casa oficial do primeiro-ministro na Downing Street segurando pasta vermelha - Metrópoles - Foto: Leon Neal/Getty Images

O ex-ministro de Finanças britânico Rishi Sunak foi anunciado como o novo primeiro-ministro do Reino Unido, nesta segunda-feira (24/10). Sem concorrência, o sucessor de Liz Truss se consagra como o primeiro hindu a ocupar o cargo de chefe de governo no país.

Segundo colocado na disputa que deu a vitória a Truss, ele teve nomeação garantida após Boris Johnson desistir da disputa e Penny Mordaunt, principal adversária, retirar a candidatura pela liderança do Partido Conservador, por não ter conquistado o apoio mínimo de 100 parlamentares conservadores.

Saiba quem é Rishi Sunak, novo primeiro-ministro do Reino Unido

Sunak, ex-ministro de Johnson de 42 anos, é o terceiro primeiro-ministro do Reino Unido em menos de dois meses. O mandato dele deve durar até 2024, quando são previstas eleições no Partido Conservador.

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Truss renunciou ao cargo na última quinta-feira (20/10) e colocou fim ao governo mais curto da história do país, após um pacote econômico com redução de impostos que não foi bem aceito pelo mercado financeiro.

“Desafios econômicos”

Em um breve pronunciamento após ser anunciado no cargo, o novo primeiro-ministro defendeu que poder servir o partido ao qual pertence e retribuir ao país, ao assumir a função, é “o maior privilégio” da vida dele. Contudo, reforçou que o Reino Unido enfrenta desafios econômicos “profundos”.

Na sede do partido, ele prometeu “trabalhar para o povo britânico com integridade e humildade”, e foi bastante aplaudido.

“Não há dúvidas que estamos enfrentando um desafio econômico profundo. Precisamos de estabilidade e união, e eu vou tornar a minha maior prioridade trazer união para o nosso partido e o nosso país, porque essa é a única forma de superar os desafios que enfrentamos e construir um futuro melhor e mais próspero para nossas crianças e nossos netos. Eu prometo que vou servir com integridade e humildade, e vou trabalhar noite e dia para o povo britânico”.

Ex-titular da pasta de Finanças, Sunak teve papel de protagonismo após a renúncia de Boris Johnson. Foi ele quem deu o pontapé inicial à onda de renúncias no governo que culminou na queda do ex-premiê, ao lado do ex-ministro da Saúde, Sajid Javid.

O ex-secretário foi nomeado secretário das Finanças no início de 2020 e conduziu o país no enfrentamento da crise financeira ocasionado pela pandemia de Covid-19. Ele recebeu elogios pelo pacote econômico proposto, incluindo um programa de retenção de funções que evitou o desemprego em massa.

Sunak tem como principal plataforma a responsabilidade fiscal, com previsão de cortes de impostos quando as contas públicas se recuperarem do rombo ocasionado pela pandemia. A proposta, no entanto, é vista com desconfiança — o orçamento de impostos e gastos criado na gestão dele durante o ano passado colocou a Grã-Bretanha no rumo da maior carga tributária no país desde a década de 1950.

Sunak ficou em segundo lugar na última disputa interna pela liderança do Partido Conservador, que tem maioria no parlamento britânico, com 43% dos votos. Truss saiu vencedora. Ela teve 58% da preferência dos afiliados da sigla.

Renúncia de Liz Truss

A escolha de um chefe de governo conhecido no mercado financeiro acalmou o clima de turbulência econômica que resultou na renúncia de Truss, após apenas 45 dias na função. Em pronunciamento à imprensa, na última quinta-feira (20/10), a premiê argumentou que, diante da “grande instabilidade econômica”, não é capaz de cumprir o que foi delegado a ela.

Truss vinha sofrendo uma forte pressão para entregar a função, por conta de um polêmico plano econômico que gerou revolta no mercado financeiro e, inclusive, entre membros da legenda.

A chefe de governo foi a terceira mulher no cargo — seguindo os passos de Margaret Thatcher e Theresa May —, e a quarta pessoa a ocupar a função de premiê em seis anos.

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