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Putin descarta acordo de paz com a Ucrânia: “Beco sem saída”

Presidente defende que os ucranianos “minaram” as negociações ao, na visão dele, falsificar evidências de crimes de guerra

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Mikhail Svetlov/Getty Images
Vladimir Putin, presidente da Russia. Ele veste blazer escuro e camiseta branca - Metrópoles
1 de 1 Vladimir Putin, presidente da Russia. Ele veste blazer escuro e camiseta branca - Metrópoles - Foto: Mikhail Svetlov/Getty Images

Com o recrudescimento dos ataques, as negociações de um possível tratado de paz entre russos e ucranianos estão cada vez mais estagnadas. O presidente Vladimir Putin classificou as conversas entre representantes dos dois países como um “beco sem saída”.

Nesta terça-feira (12/4), em diálogo televisionado com membros da Agência Espacial Russa, ele descartou a hipótese de paz, e reafirmou que as tropas vão vencer a guerra.

Putin defende que os ucranianos “minaram” as negociações ao, na visão dele, falsificar evidências de que os russos teriam cometido crimes de guerra.

Antes, segundo agências de notícias russas, o presidente afirmou ainda que os objetivos da guerra são “claros e nobres”, e enfatizou que tropas russas vão alcançá-los na Ucrânia.

“Por um lado, estamos ajudando e salvando pessoas, e, por outro, estamos simplesmente tomando medidas para garantir a segurança da própria Rússia”, disse Putin. “Está claro que não tivemos escolha. Foi a decisão certa.”

Ucrânia reclama

O coordenador da delegação ucraniana, Mykhailo Podolyak, reclamou que as negociações com os russos estão “muito difíceis”.

Segundo agências internacionais de notícias, Podolyak tenta pressionar um acordo com as declarações públicas.

Mariupol

Autoridades ucranianas acusaram o Exército russo de matar 21 mil pessoas em Mariupol, cidade portuária sitiada há mais de 40 dias. A nova estatística foi divulgada pelo prefeito da cidade, Vadym Boichenko, nesta terça-feira (12/4), em pronunciamento exibido na TV. Antes, a estimativa era de 10 mil mortos.

Segundo a prefeitura, 90% dos prédios foram danificados; e 40%, destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas.

Antes, o Ministério da Defesa ucraniano anunciou que investiga indícios de que a Rússia usou bombas de fósforo em um ataque a Mariupol.

O uso é proibido pela Convenção de Armas Químicas, da Organização das Nações Unidas (ONU). O país de Vladimir ainda não se posicionou sobre a acusação.

Sob ataques constantes e em colapso, Mariupol é o último grande centro a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo.

Missionários mortos

O governo da Ucrânia anunciou que conseguiu, em negociações com os russos, um acordo para retirada de 150 mil moradores de Mariupol.

Na segunda-feira (11/4), de acordo com um assessor do presidente Volodymyr Zelensky, ficou definido que ônibus farão o resgate de forma segura.

Dois membros da organização católica Cáritas e cinco familiares deles morreram em março durante ataque em Mariupol.

Especializada na assistência aos pobres e refugiados, a organização informou que “ainda não tem elementos suficientes para determinar o que aconteceu”.

As informações foram divulgadas pelo portal de notícias da Santa Sé, Vatican News, que atribuiu o ataque a um tanque russo.

Guerra

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. A guerra completa, nesta terça, 48 dias.

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