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No Mercosul, Bolsonaro defende que discordâncias sejam deixadas de lado

Presidente adota tom conciliatório e defende flexibilidade e pragmatismo nas relações entre integrantes do bloco

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
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1 de 1 50069166872_726f7a7e9b_c - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, na manhã desta quarta-feira (16/12), da 57ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. Na participação por videoconferência, Bolsonaro adotou tom conciliatório e defendeu que discordâncias entre os Estados partes devem ser deixadas de lado.

“No âmbito comercial, não posso deixar de manifestar preocupação com o ressurgimento de entraves pontuais entre os Estados partes. Devemos deixar de lado essas discordâncias, que pertencem a um passado já superado”, pediu Bolsonaro ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes.

“Ressalto que as diferenças entre nossos governos na condução da agenda econômica e comercial não levaram a impasses que poderiam colocar em risco o andamento de nossa agenda comum”, disse Bolsonaro. “A busca pelo consenso no Mercosul não significou inércia ou estagnação. Atuamos com flexibilidade e pragmatismo, para que nossos pontos de convergência prevalecessem sobre nossas diferenças. Isso é o que vamos continuar a fazer em 2021”, continuou.

Bolsonaro também defendeu a capacidade de adaptação do bloco para manter a relevância no cenário internacional. “Precisamos trabalhar juntos para não sermos ultrapassados por outros mecanismos que almejam objetivos similares aos nossos. Queremos estar nas fileiras, e não no pelotão de trás do desenvolvimento.”

Ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, que assume a presidência do bloco, Bolsonaro expressou “votos de êxito”. “Contem com a nossa disposição para mantermos o alto nível do diálogo regional e com o nosso firme empenho para tornar o Mercosul um instrumento  cada vez mais relevante para a prosperidade de nossos países e o bem-estar de nossas populações.”

Desde a campanha de 2019, quando Fernández derrotou Mauricio Macri na disputa pela presidência da Argentina, Bolsonaro adotou um tom crítico ao argentino, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner.

Sem citar expressamente nenhum projeto, Bolsonaro falou que o Mercosul é um aliado na promoção da agenda de reformas estruturais. “Nosso Governo também considera o Mercosul um aliado na promoção da agenda de reformas estruturais que estamos levando adiante no Brasil.”

Leia a íntegra do discurso aqui.

Mercosul

Além do Brasil, participam do Mercosul Argentina, Uruguai e Paraguai, signatários do Tratado de Assunção de 1991. A Venezuela aderiu ao bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula Democrática do Bloco. Todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao Mercosul como estados associados. A Bolívia, por sua vez, está em processo de adesão.

O bloco foi criado com vistas à conformação de um mercado comum — com livre circulação interna de bens, serviços e fatores produtivos — o estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) no comércio com terceiros países e a adoção de uma política comercial comum.

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