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Mais de 300 pessoas são detidas na França em protestos contra reforma

Manifestantes reagem ao aumento de idade da aposentadoria, decidido por Macron sem votação de deputados. Paris concentra maioria das prisões

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1 de 1 frança protestos / Metrópoles - Foto: Brice Barast / getty images

Forças de segurança da França prenderam 310 pessoas na quinta-feira (16/3) durante os protestos contra o governo de Emmanuel Macron, que decidiu adotar a criticada reforma da Previdência sem o voto dos deputados. Desde então, as ruas do país são tomadas por manifestantes insatisfeitos com a decisão.

À rádio francesa RTL, o ministro do Interior, Gerald Darmanin,  afirmou que a maioria das prisões acontecerem na noite de quinta, com 258 pessoas detidas em Paris.

O governo força a aprovação de uma reforma da Previdência que aumenta a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030. Para contornar o Legislativo, o governo acionou o artigo 49.3, que permite aprovar um projeto de lei sem passar pela Assembleia Nacional (correspondente ao que seria a Câmara dos Deputados no Brasil) .

Gás lacrimogêneo e jatos de água em Paris

Em Paris, capital da França, latas de lixo foram incendiadas durante os atos. A polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes que estavam na “Place de la Concorde”, próximo à Assembleia Nacional.

Mais de 52 mil pessoas foram às ruas de cidades francesas nos últimos dias, segundo balanço da polícia.

Com a crise política, uma moção de desconfiança será apresentada contra Emmanuel Macron, disse a líder da oposição de extrema-direita Marine Le Pen.

“As ações da administração do LR [dos Republicanos], mas ainda mais suas palavras, provam que eles dobraram os joelhos para Macron”, escreveu. “Agora fazem parte da maioria, os poucos deputados do LR que recusam esta rendição devem arcar com as consequências. #MoçãodeDesconfiança”, completou.

Apesar das mais de 300 pessoas presas, os sindicatos prometeram manter sua posição contra a reforma. A

Mas os sindicatos prometeram manter sua oposição às mudanças nas pensões, com a Confederação Geral do Trabalho da França (CGT) afirmou que outras manifestações estão sendo planejadas para o próximo dia 23 de março.

O ministro do Orçamento, Gabriel Attal, alegou que é necessário implementar a reforma agora para evitar medidas mais impopulares no futuro. “Se não fizermos [as reformas] hoje, serão medidas muito mais brutais que teremos que fazer no futuro”, disse Attal à agência France Inter.

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