Macron demonstra apoio a plano de Lula para selar a paz na Ucrânia
Presidente brasileiro discutiu com Joe Biden, dos EUA, a criação de um grupo, com membros de vários países, para acabar com o conflito
atualizado
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Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentar ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uma proposta de criação de um grupo de trabalho, com membros de diversos países, para acabar com a guerra na Ucrânia, o líder francês, Emmanuel Macron, usou as redes sociais, neste sábado (11/2), para apoiar a iniciativa do petista.
Em publicação, Lula diz ter conversado com Biden sobre a necessidade de se criar um grupo de países para se trabalhar na construção de um plano de paz para a Ucrânia. De acordo com o petista, a proposta já foi discutida com o presidente francês e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. “É preciso parar de atirar, se não, não tem solução”, escreveu.
Ao responder o tuíte, Macron disse que a busca pela paz esteve “no coração das discussões” com Volodymyr Zelensky, na visita do presidente ucraniano a Paris na última quarta (8), que também contou com a presença do premier alemão.
Segundo o presidente francês, a Ucrânia se mostrou disposta a dar início às conversas em torno de um plano de 10 pontos para instituir a paz na região. “Vamos juntos nessa base, presidente Lula”, escreveu Macron.
Peace was at the heart of our discussions in Paris during the historical visit of President Zelensky, with Chancellor Scholz. Ukraine has shown real courage by initiating this conversation with its 10 points Peace plan. Let’s continue together on that basis @LulaOficial.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 11, 2023
Tensão
Enquanto o presidente dos EUA é um dos maiores financiadores das tropas ucranianas e crítico de Putin, Lula defende o fim dos conflitos e um acordo de paz. Anteriormente, declarações ambíguas do petista causaram clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos.
O presidente brasileiro mudou o tom sobre o conflito após a repercussão da sua entrevista à revista Time no ano passado, na qual afirmou que Zelensky “é tão responsável” quanto Putin pela guerra. Em janeiro, Lula condenou a invasão russa da Ucrânia e afirmou que Moscou violou a soberania do país vizinho.