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“Ocidente prefere a guerra a perder dinheiro”, condena Zelensky

Reclamação do presidente no Parlamento da Irlanda ocorre após integrantes da União Europeia se dividirem sobre novas sanções contra Rússia

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Ukrainian Presidency / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, durante conferência virtual. Ele está sentado diante de uma mesa e usa um notebook, sorrindo- Metrópoles
1 de 1 Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, durante conferência virtual. Ele está sentado diante de uma mesa e usa um notebook, sorrindo- Metrópoles - Foto: Ukrainian Presidency / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou o comportamento de países do Ocidente e acusou as nações de pensarem mais em dinheiro do que no horror da guerra.

A reclamação de Zelensky, feita nesta quarta-feira (6/4) no Parlamento da Irlanda, ocorre após integrantes da União Europeia se dividirem sobre novas sanções contra a Rússia.

“A única coisa que nos falta é a abordagem de princípios de alguns líderes, líderes políticos e líderes empresariais, que ainda pensam que a guerra e os crimes de guerra não são algo tão horrível quanto as perdas financeiras”, lamentou. “Não posso tolerar nenhuma indecisão depois de tudo o que as tropas russas fizeram”, concluiu.

Ajuda

Na noite de terça-feira (5/4), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou o envio de mais US$ 100 milhões (R$ 465 milhões) em ajuda militar à Ucrânia.

“Como as forças ucranianas continuam a combater corajosamente a invasão da Rússia, autorizei [o envio de] US$ 100 milhões para atender a uma necessidade urgente de sistemas antitanque adicionais para as forças da Ucrânia”, escreveu Blinken no Twitter.

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A guerra

A Ucrânia vive o 41º dia de ataques consecutivos desde a invasão russa, em 24 de fevereiro. O desgaste diplomático é cada vez maior e resvala em outros países. O governo ucraniano estima que 80% da população de Bucha, cidade próxima da capital Kiev, foi dizimada.

Nesta quarta-feira, as cidades de Kharkiv, Mariupol e Sievierodonetsk sofreram novos bombardeios. Prédios ficaram em chamas. Ainda não há informações de feridos.

A situação mais dramática é em Mariupol, onde 160 mil moradores que seguem por lá estão sem energia, aquecimento ou água. Lá, 90% dos imóveis foram destruídos pela guerra.

O governador da região leste de Luhansk, região separatista pró-Rússia, disse que 10 prédios estão em chamas na cidade vizinha de Sievierodonetsk.

População dizimada

O prefeito de Bucha, Anatoliy Fedoruk, cidade onde a Ucrânia acusa a Rússia de realizar um massacre de civis, anunciou que a população atual está estimada em 3,4 mil — 88% menor do que os 30 mil registrados em 2021.

O mundo ficou assombrado com vídeos divulgados no domingo (3/4), onde é possível ver cenas chocantes da tragédia na cidade de Bucha.

As imagens mostram ao menos 20 cadáveres no chão e em valas comuns. O governo ucraniano diz que mais de 400 corpos de civis foram encontrados na cidade.

Diplomacia em crise

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, fez um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin, para um cessar-fogo imediato.

“A resposta foi positiva, mas o presidente russo disse que isso tinha condições. E eu não posso negociar para atender a essas condições. Deve ser ele e o presidente ucraniano concordando com elas”, comentou Orban.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, comparou a situação de Mariupol a de Guernica, na Espanha, destruída por um intenso bombardeio durante a Guerra Civil Espanhola, em 1937.

“Uma cidade martirizada que foi destruída em crimes contra a população civil, crimes de guerra. Faremos o que pudermos para ajudar os ucranianos e colocar pressão sobre a Rússia”, repudiou.

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