metropoles.com

Guerra na Ucrânia já afeta 1 bilhão de pessoas e 74 países, diz ONU

Países em desenvolvimento são os mais afetados com o aumento dos preços de alimentos, energia, combustíveis e fertilizantes

atualizado

Compartilhar notícia

Chris McGrath/Getty Images
Membros das forças armadas ucranianas atravessam uma ponte destruída perto da linha de frente em meio a combates em Bucha e Irpin em 3 de março de 2022 em Irpin, Ucrânia.
1 de 1 Membros das forças armadas ucranianas atravessam uma ponte destruída perto da linha de frente em meio a combates em Bucha e Irpin em 3 de março de 2022 em Irpin, Ucrânia. - Foto: Chris McGrath/Getty Images

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, fez sérios alertas para o recrudescimento da guerra na Ucrânia e os impactos que o conflito causará. Países em desenvolvimento serão os mais afetados com os efeitos do conflito.

Nesta terça-feira (5/4), Guterres afirmou que 74 nações são atingidas pelo aumento dos preços de alimentos, energia, combustíveis e fertilizantes. Ao todo, 1,2 bilhão de pessoas vivem nesses locais.

“Isso representa um dos maiores desafios que já foram colocados à ordem e à paz mundiais”, frisou ao defender um acordo entre russos e ucranianos.

40 dias de guerra

A guerra na Ucrânia chega ao 40º dia nesta terça-feira. A invasão russa ao território ucraniano teve início em 24 de fevereiro.

Cidades inteiras, como Bucha e Mariupol, foram dizimadas pelos ataques. Mais de 4 milhões de pessoas fugiram do território ucraniano por causa do conflito.

Representantes dos governos de Israel e da China fizeram declarações importantes sobre o confronto. O país do Oriente Médio acusou a Rússia de crimes de guerra. Já a nação asiática defendeu uma acordo de paz.

Troca de acusações

Nesta terça-feira, Ucrânia e Rússia voltaram a trocar acusações na ONU. Ucranianos falam em crimes de guerra; os russos, em “eliminar o nazismo” no país vizinho.

A União Europeia e os Estados Unidos alinham uma nova rodada de sanções econômicas contra o país de Vladimir Putin. A intenção é desmonetizar o governo, para que o Kremlin não tenha mais condições de financiar a guerra.

Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a acusar as tropas russas de tortura.

“Civis foram atingidos por tiros na cabeça após serem torturados. Mortos dentro de apartamentos e casas. Civis atropelados por tanques. Apenas por divertimento, cortaram membros; mulheres foram estupradas, e pessoas tiveram línguas cortadas”, detalhou.

0

Rússia nega

A diplomacia russa voltou a falar em “nazismo” como justificativa para invasão ao território ucraniano, em 24 de fevereiro. Durante sessão do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo, Vassily Nebenzia, defendeu que os seus conterrâneos estão “levando a paz” ao país vizinho.

“Viemos levar a paz para a Ucrânia, para tirar o tumor nazista que está consumindo a Ucrânia e que em breve nos consumiria, e vamos conseguir nosso objetivo”, declarou nesta terça-feira (5/4). Ele negou que crimes de guerra tenham acontecido durante o conflito.

Compartilhar notícia