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Manifestantes e militares entram em confronto na fronteira venezuelana

Um grupo protesta contra o fechamento da passagem do país para a vizinha Colômbia. Anúncio foi feito nessa sexta (22) pelo governo de Maduro

atualizado

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RODRIGO AND/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Venezuela
1 de 1 Venezuela - Foto: RODRIGO AND/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A cidade venezuelana de Ureña, na fronteira com a Colômbia, vive um período de tensão neste sábado (23/2). Manifestantes e policiais entraram em confronto após o anúncio do governo de fechar as divisas entre os dois países.

Durante o protesto, a população colocou fogo em pneus para fazer uma barricada e lançou pedras contra os militares, que tentam dispersar o grupo com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Uma pessoa chegou a ser detida.

Os manifestantes buscam cruzar a fronteira desde cedo, como fazem diariamente. Muitos deles trabalham no país vizinho.

A vice-presidente de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez, anunciou nas redes sociais, na noite dessa sexta-feira (22), que a fronteira com a Colômbia seria fechada completamente de forma temporária. “Quando forem controladas as ações de violência contra nosso povo e nosso território, será restabelecida a normalidade fronteiriça”, garantiu.

Caminhões
Mais cedo, caminhões destacados para transportar a primeira remessa de ajuda humanitária do Brasil para a Venezuela partiram de Boa Vista, em Roraima, para a fronteira entre os dois países, que está fechada desde quinta (21).

Os veículos, dois caminhões com placas e motoristas venezuelanos, serão escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo exército durante os 220 km que levam até a cidade de Pacaraima, situada na própria fronteira.

Para essa cidade também se dirigirão o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a advogada María Teresa Belandria, embaixadora no Brasil designada pelo presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em janeiro.

O governo federal estocou em Boa Vista, com ajuda da embaixada dos Estados Unidos, cerca de 200 toneladas de alimentos e remédios que não puderam ser transportados em sua totalidade devido ao fechamento de fronteira ordenado por Maduro.

O governo federal se comprometeu com a operação, mas estabeleceu como única condição que o transporte da carga seja realizado por “caminhões venezuelanos com motoristas venezuelanos”, que nos últimos dias não conseguiram entrar no país devido ao bloqueio fronteiriço estabelecido por Maduro.

Segundo o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Otávio do Rêgo Barros, a operação para entregar essa ajuda pode se prolongar pelos próximos dias se persistirem as dificuldades para a entrada dos caminhões venezuelanos.

Guaidó se pronuncia
No início da tarde deste sábado (23/2), o presidente interino da Venezuela e líder oposicionista, Juan Guaidó, garantiu que a ajuda humanitária vai chegar ao país. Em pronunciamento após reunião com outros chefes de Estado, como o presidente da Colômbia, Ivan Duque, Guaidó fez um apelo às Forças Armadas venezuelanas que bloqueiam as fronteiras do país para liberarem a entrada dos caminhões com suprimentos.

“Há quem pretenda bloquear a passagem, gerando violência, enquanto estamos aqui recolhendo ajuda em uma ação pacífica que busca salvar vidas”, apontou.

Sobre o pedido aos militares de que liberem a passagem dos caminhões, ele disse: “Bem-vindos ao lado certo da história”. No pronunciamento, Guaidó prometeu anistia e garantias a todos os integrantes das Forças Armadas que decidirem cooperar com o grupo oposicionista.

Confira imagens dos conflitos na fronteira venezuelana:

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