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Jornais suspendem cobertura da guerra após Rússia impor censura

Mudança em legislação russa prevê pena de 15 anos de prisão para quem publicar “notícias falsas” sobre a guerra

atualizado

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Vyacheslav Madiyevskyy/Ukrinform/NurPhoto via Getty Images
Guerra ucrania Missil
1 de 1 Guerra ucrania Missil - Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Ukrinform/NurPhoto via Getty Images

A rede de televisão Bloomberg News anunciou, nesta sexta-feira (4/3), que suspenderá, temporariamente, o trabalho de seus jornalistas na Rússia. A decisão foi tomada após o presidente Vladimir Putin assinar uma lei que criminaliza a reportagem independente no país.

“Com grande pesar, decidimos suspender temporariamente nossa coleta de notícias na Rússia”, disse o editor-chefe da Bloomberg, John Micklethwaita. “A mudança no código penal, que parece destinada a transformar qualquer repórter independente em criminoso por associação, impossibilita continuar qualquer aparência de jornalismo normal dentro do país.”

A nova legislação do país vai impor pena de prisão de até 15 anos para pessoas acusadas de espalhar “notícias falsas” sobre os militares russos ou pedir sanções contra o país.

Além da Bloomberg, a British Broadcasting Corporation (BBC) também suspendeu as atividades de todos os jornalistas da sucursal da Rússia para preservar a segurança dos profissionais da imprensa.

Um dos últimos veículos de comunicação independentes da Rússia usou seus últimos segundos no ar para mandar uma mensagem: “Não à guerra”. A TV Rain anunciou, nessa quinta-feira (3/3), que sua transmissão seria suspensa indefinidamente após receber intensa pressão por criticar o Kremlin. O canal foi bloqueado temporariamente no início desta semana por “incitar extremismo, abusar de cidadãos russos, causando perturbação em massa da calmaria e segurança do público e encorajando protestos”, segundo o governo russo.

Veja trajetória de Putin, líder russo que ordenou ataque à Ucrânia:

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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião
Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975
Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia
Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade
Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados Unidos

Sergei Guneyev /Getty Images
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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975

Alexei Nikolsky /Getty Images
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia

Carl Court /Getty Images
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade

Sergei Karpukhin /Getty Images
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia

Alexei Nikolsky v
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam

Mikhail Klimentyev /Getty Images
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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição

Matthew Stockman /Getty Images
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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacional

Alexei Nikolsky /Getty Images
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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad

Mikhail Svetlov/Getty Images
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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversários

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os países

Vyacheslav Prokofyev /Getty Images
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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar

Anadolu Agency /Getty Images
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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerra

picture alliance /Getty Images

 

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