1 de 1 Nina Khrushcheva, professora da New School e bisneta de Nikita Khrushchev
- Foto: Arquivo pessoal
Professora de assuntos internacionais na New School, de Nova York, e acostumada com discussões diplomáticas, políticas e bélicas em casa, Nina Khrushcheva tem receio de que ninguém recue no embate entre Rússia e Ucrânia. E, por isso, uma guerra nuclear estaria mais próxima do que durante um episódio simbólico da guerra fria.
Khrushcheva é bisneta de Nikita Khrushchev, um dos líderes mais importantes da antiga União Soviética entre 1953 e 1964. E ela diz que, agora, o perigo é maior do que em 1962, durante a construção de uma base de mísseis em Cuba por parte da União Soviética. Naquele ano, a tensão entre o país e os Estados Unidos chegou ao extremo.
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Em pronunciamento sobre a guerra travada entre Rússia e Ucrânia, o chefe da diplomacia do ex-país soviético fez comentários sobre o uso de armas nucleares. Na fala, ele alertou para uma possível Terceira Guerra Mundial, “nuclear e devastadora”
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Segundo o Boletim de Cientistas Atômicos, atualmente, a Rússia concentra quase 6 mil ogivas nucleares, a maior quantia do mundo. Para os especialistas, o país sob comando de Vladimir Putin tem arsenal bélico avassalador
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Os Estados Unidos concentram aproximadamente 5.550 ogivas nucleares e também são uma grande potência militar. Foi o único país do planeta a usar armas nucleares em combate e, atualmente, mantém bombas gravitacionais nucleares em países da Otan
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Concentrando cerca de 350 armas nucleares, a China está em terceira colocação no ranking de potências nucleares. Segundo dados divulgados pelo Pentágono, o país asiático tem avançado no poderio bélico e, hoje, é referência na tríade nuclear “nascente” (misseis com capacidade de serem lançados pelo ar, pela terra e pelo mar)
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Com um dos exércitos mais poderosos do mundo, a França tem posse de aproximadamente 290 artefatos nucleares
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Com armamento nuclear próprio, o Reino Unido concentra, hoje, cerca de 225 armas nucleares e tem dissuasor nuclear independente
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Por não participar do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação, o Paquistão tem expandido cada vez mais o arsenal nuclear. Com aproximadamente 165 ogivas, o país asiático é uma das maiores potências nucleares da atualidade
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Vizinha do Paquistão, a Índia também não participa do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação. Atualmente, o país concentra aproximadamente 156 armas de destruição em massa
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Concentrando aproximadamente 90 armas nucleares, Israel pode ser considerado uma das novas potências nucleares mais sofisticadas do planeta
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Apesar de ser um país que tenta manter informações sobre sigilo, principalmente se tratando de desenvolvimento armamentício, estima-se que a Coreia do Norte tenha cerca de 50 armas de destruição em massa
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“O que realmente salvou o mundo na época foi que tanto Khrushchev quanto (John) Kennedy (presidente dos EUA), independentemente do que pensassem da ideologia um do outro e discordassem dela, e não quisessem ceder e piscar primeiro, ainda assim, quando surgiu a ameaça de um conflito potencial de qualquer tipo, eles imediatamente recuaram”, disse a especialista no programa norte-americano Today.
De acordo com Khrushcheva, o problema de agora é que nenhum dos dois lados dá sinais de recuo, principalmente em relação a Vladimir Putin. “Isso é o que mais me assusta”, observa.
A professora definiu o conflito atual como “uma guerra por procuração” entre o Ocidente e a Rússia. E, por isso, a Ucrânia seria, “até certo ponto, um peão”.