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Bangladesh lança plano de ação para acabar com casamento infantil

Entre 2005 e 2013, 65% das mulheres se casaram antes da maioridade, principalmente nas zonas rurais do país

atualizado

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Reprodução YouTube/UNICEF
Paquistão casamento infantil
1 de 1 Paquistão casamento infantil - Foto: Reprodução YouTube/UNICEF

O Governo de Bangladesh, o quarto país com maior taxa de casamento infantil no mundo, lançou nesta quinta-feira (2/8) um plano de ação para acabar definitivamente as uniões com meninas menores de 18 anos, até 2041. Só entre 2005 e 2013, 65% das mulheres de Bangladesh se casaram antes de atingir a maioridade. Porém o plano, que tem a parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), prevê eliminar da legislação do país também o casamento de meninas menores de 15 anos.

De acordo com as estimativas de Governo de Bangladesh essa taxa diminuiu nos últimos anos e caiu para 62,8% em 2015 e depois para 47% em 2017. No último ano, o número de meninas casadas menores de 15 anos foi de 10,7%, menos da metade desde os 23,8% registrados em 2015, tudo isto segundo os dados oficiais incluídos no plano de ação nacional.

O Unicef estima que atualmente cerca de 650 milhões das mulheres que vivem no mundo se casaram sendo meninas, e que mais de 150 milhões correm risco de ser submetidas a esta prática antes de 2030. “É difícil reduzir ou eliminar o casamento infantil da noite para o dia, mas estamos trabalhando para acabar com esse problema”, disse a vice-ministra de Assuntos da Criança e da Mulher, Meher Afroze Chumki. O plano de ação será implementado em várias fases e se desenvolverá no período 2018-2030.

A secretária do Ministério para Assuntos da Criança e da Mulher, Nasima Begum, está otimista sobre o sucesso do programa porque poderia conseguir a erradicação de problema. “Iniciamos conversas com todas as partes interessadas para intensificar os esforços no plano de ação nacional, e erradicar o casamento infantil mediante a identificação das causas e da raiz”, afirmou. O casamento infantil foi abolido pela maioria dos governos, no entanto, estas uniões continuam ocorrendo, especialmente nas zonas rurais do sul da Ásia.

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