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11 de setembro: “Mantivemos a promessa de nunca esquecer”, diz Biden

O presidente americano Joe Biden reforçou, neste domingo (11/9), durante discurso a luta contra o terrorismo

atualizado

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Reprodução/YouTube/Casa Branca
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1 de 1 biden3 - Foto: Reprodução/YouTube/Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou, neste domingo (11/9), nos 21 anos do ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova York. De frente para o Pentágono, o chefe do Executivo americano relembrou a mensagem enviada pela rainha Elizabeth II à época da tragédia que matou mais de 3 mil pessoas e reforçou que vai continuar a caçar e interromper quaisquer ações terroristas direcionadas ao povo americano.

“Depois de 21 anos nós mantivemos nossa promessa de nunca esquecer. Vamos manter na memória e a lembrança de todas as vidas que foram roubadas naquele dia. É bom se lembrar. As memórias nos ajudam a curar, mas também podem abrir as feridas e nos levar de volta para aquele momento, quando o luto estava em carne viva, que você pensa em tudo o que poderiam (vítimas) ter feito, as experiências que perderam juntos, os sonhos que deixaram de viver”, disse, pedindo “proteção da liberdade e da democracia”.

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Em outro trecho do discurso, repetiu a mensagem enviada pela rainha Elizabeth II, que morreu na última quinta-feira (8/9). “O luto é o preço que pagamos pelo amor”, relembrou.

Em seguida, saudou a coragem e resiliência do povo americano durante os momentos de tensão. “Milhões de homens e mulheres, ao longo de toda a nação, responderam aos ataques de 11 de setembro com coragem e determinação e se juntaram à maior força de combate da história do mundo. Centenas de milhares de americanos de tropas americanas serviram no Afeganistão e no Iraque em tantos outros lugares no mundo para negar um lugar seguro aos terroristas”, afirmou.

E saudou a coragem dos veteranos. “A todos os veteranos e todos os sobreviventes que sacrificaram tanto pela nossa nação, nós estamos em dívida. Uma dívida que nunca poderá ser quitada, mas nós nunca iremos falhar na obrigação sagrada de preparar adequadamente e equipar àqueles que mandamos para o combate, além de cuidar deles e das famílias quando voltarem para casa. E, também, de nunca nos esquecermos da resiliência e da determinação das famílias americanas para nos defendermos daqueles que buscam nos ferir e levar justiça àqueles responsáveis pelos ataques”, pontuou.

Quase no fim do pronunciamento, relembrou da caça ao terrorista Osama bin Laden e reforçou que os EUA nunca irão desistir de combater o terrorismo realizado contra a população americana.

“Levou 10 anos para caçarmos e matarmos Osama bin Laden, mas nós o fizemos. Nesse verão, eu autorizei um ataque à Ayman Al-Zawahiri, um deputado de bin Laden e um líder da al-Qaeda porque nós nunca vamos descansar, nunca vamos nos esquecer, nunca vamos desistir. Nós vamos continuar a monitorar e interromper quaisquer atividades terroristas que encontrarmos e nunca vamos hesitar em fazer o necessário para defender o povo americano. O que foi destruído foi consertado. O que foi ameaçado foi reforçado. O que foi atacado o espírito indomável nunca vacilou”, destacou.

Biden também afirmou que a união da população é a maior lição que ficou dessa tragédia. “Para mim, essa é a maior lição do 11 de setembro. Não que nunca mais enfrentaremos um revés, mas que, em momento de grande união, nós tivemos que resistir aos impulsos de medo, violência e recriminação direcionada aos americanos muçulmanos, bem como os de descendência do Oriente Médio e do Sul da Ásia. Não há nada que essa nação não possa conquistar, quando enfrentamos juntos e defendemos com toda nossa força. É isso que nos faz únicos no mundo, nossa democracia”, disse.

Relembre

Em 11 de setembro de 2001, terroristas da Al-Qaeda, comandada por Osama bin Laden, lançaram aviões contra os dois prédios do World Trade Center, conhecido como as Torres Gêmeas, em Nova York.

Horas depois da colisão contras as torres, um terceiro avião atingiu o Pentágono, em Virgínia, matando 184 pessoas. Entre as vítimas, 125 eram funcionários do departamento de Defesa e 59 estavam no voo 77 da American Airlines, usado para o atentado.

A partir do ato, houve reação dos Estados Unidos e aliados iniciaram a chamada “Guerra ao Terror”, com invasões ao Afeganistão para atingir o Taliban e integrantes da Al-Qaeda.

Todos os anos, americanos se reúnem no local das antigas torres para homenagear as vítimas. Além das mortes, milhares de pessoas desenvolveram câncer e doenças de pulmão, devido à nuvem tóxica que planou durante semanas sobre o sul da cidade.

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