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“Problema do presidente”, diz relator da Previdência sobre chat vazado

Deputado Sérgio Moreira (PSDB-MG) disse que trabalha “para que não haja qualquer fato que contamine a reforma, que é uma pauta nacional”

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
Samuel Monteiro, Previdencia Social, Economia
1 de 1 Samuel Monteiro, Previdencia Social, Economia - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O relator na Comissão Especial reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Samuel Moreira (PSDB-MG), afirmou na noite deste domingo (09/06/2019) que o vazamento de mensagens pessoais que teriam sido trocadas entre o atual ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, e o coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, não atrapalha a articulação para a aprovação da proposta no Congresso Nacional.

“Nós sempre trabalhamos para que não haja qualquer fato que contamine a reforma, que é uma pauta nacional. Isso [o vazamento] é um problema lá do presidente da República. Vamos ver isso aí como transcorre do ponto de vista de outros assuntos, além da reforma. Nós sempre procuramos blindar a reforma e trabalhar com essa pauta que unifique o Brasil”, disse.

No material revelado neste domingo (09) pelo site The Intercept Brasil, a troca de mensagens de texto entre o então juiz federal responsável e o procurador da Lava Jato teria ido muito além do papel que lhes cabia quando atuaram nos casos da operação. A publicação traz uma série de mensagens privadas, gravações em áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros itens compartilhados entre os dois, o que seria inconstitucional, já que no sistema acusatório no processo penal brasileiro, figuras do acusador e do julgador não podem se misturar.

Em conversas privadas, o magistrado teria sugerido ao procurador que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrado agilidade em novas operações, dado conselhos estratégicos e pistas informais de investigação e sugeriu recursos ao Ministério Público.

A equipe de procuradores da operação divulgou nota, após a divulgação das conversas, chamando a revelação de mensagens de “ataque criminoso à Lava Jato” e disse que o caso põe em risco a segurança de seus integrantes

Previdência
Na noite deste domingo, um encontro encerrou o plantão feito no fim de semana por técnicos liderados pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, e o secretário especial da Previdência, Bruno Bianco.
Eles chegaram na reunião realizada na Residência Oficial da Presidência da Câmara dos Deputados por volta das 18h30, antes de líderes partidários. Entre os principais pontos de conflito está a manutenção de estados e municípios na reforma. O encontro foi coordenado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-DF), que decidiu mirar governadores para garantir os 308 votos necessários para a aprovação da proposta.

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