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Coronavírus: cemitérios do DF fizeram quatro enterros sem velório

Casos eram de pessoas com suspeita de ter Covid-19. Funcionários reforçam uso de equipamentos durante os sepultamentos

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Esp Metrópoles
cemitério campo da esperança
1 de 1 cemitério campo da esperança - Foto: Jacqueline Lisboa/Esp Metrópoles

Responsável pelos seis cemitérios existentes no Distrito Federal, a Campo da Esperança informou, nesta quarta-feira (01/04), que fez quatro sepultamentos, sem velórios, de vítimas suspeitas de contaminação pelo novo coronavírus. Contudo, pondera a concessionária, o resultado do exame de três cadáveres descartou a infecção. O resultado do diagnóstico da quarta morte ainda é aguardado.

Em nota encaminhada ao Metrópoles, a empresa reforçou que as medidas de segurança são tomadas a partir das “informações presentes no atestado de óbito e na guia de sepultamento” encaminhados pela família. De acordo com a Secretaria de Saúde, o Distrito Federal conta com 354 casos confirmados de coronavírus e quatro óbitos registrados até a tarde desta quarta-feira (01/04).

“De acordo com protocolo estabelecido pelo GDF e publicado em 27 de março, nesses casos, não há velório. Apenas sepultamento. O resultado dos exames de três indicou, posteriormente, que as suspeitas de infecção eram falsas. A quarta suposta vítima foi sepultada em 31 de março, e a empresa ainda não foi informada sobre o resultado do exame dela”, registra.

Embora não tenham contato direto com o corpo das vítimas, já que os caixões chegam lacrados, a Campo da Esperança adiantou ter reforçado o uso de equipamentos de proteção para os funcionários que manuseiam os caixões. “Os sepultadores não têm contato algum com o corpo de vítimas suspeitas ou confirmadas da Covid-19. Mesmo assim, usam máscara, luvas e óculos, além do uniforme, para reforçar a proteção individual”, pontuou.

Por ora, ainda não há um local, nos cemitérios, exclusivo para mortes causadas pela Covid-19, informa a concessionária. “De acordo com protocolo estabelecido pela OMS [Organização Mundial da Saúde], não há necessidade de se reservar área exclusiva para o sepultamento de possíveis vítimas da doença”, frisou.

Administrado pelo mesmo grupo empresarial, o Cemitério Parque e Crematório Jardim Metropolitano, localizado em Valparaíso (GO), município do Entorno do Distrito Federal, também informou ter reforçado os equipamentos para proteção dos funcionários, já que lidam diretamente com o corpo da vítima.

São capotes especiais, máscaras que envolvem toda a parte da cabeça, além de luvas, todos trocados a cada manuseio. A empresa, contudo, desautorizou a divulgação de imagens relativas à atividade dos funcionários.

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