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Instituto de pesquisa em gastronomia brasileira terá sede no DF

O projeto, liderado pelo professor Ricardo Frugoli, será sediado em Brasília por se tratar de uma cidade central no país

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Feijoada, Casa da Roça
1 de 1 Feijoada, Casa da Roça - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Brasília vai ganhar um centro voltado exclusivamente para a pesquisa e a difusão dos saberes da gastronomia brasileira. O Instituto de Pesquisa da Cozinha e da Cultura Brasileiras (IPCB) desembarcará na capital federal em tempo para o aniversário da cidade, em abril, e contará como atividade inicial aulas semanais de gastronomias regionais.

Liderado pelo professor Ricardo Frugoli, o instituto tem como missão dar continuidade – com um viés gastronômico – ao trabalho do antropólogo Câmara Cascunho, conhecido por escrever sobre cultura e folclore do Brasil. “Queremos atualizar e ampliar esses estudos. A equipe que trabalhar no IPCB vai fazer as pesquisas e também ministrar oficinas gratuitas para a comunidade”, adianta o gastrônomo.

Ricardo Frugoli em uma aula de gastronomia
O professor Ricardo Frugoli escolheu Brasília como sede do IPCB porque é uma cidade central no país

O projeto começa em 22 de abril: a cada semana, a equipe vai ministrar uma oficina sobre a gastronomia de uma unidade da Federação. “A ideia é que, a cada semana, a gente represente alguma parte do país com chefs convidados. Vamos começar com a cozinha do Rio de Janeiro, que foi a última capital antes de Brasília, e em 21 de outubro acontece a 27ª aula, sobre a comida do Distrito Federal”, planeja o professor.

A escolha de Brasília como sede do IPCB se dá pela localização central da capital no mapa do Brasil. “Percebi que São Paulo não contempla essa coisa do todo. A gente acabaria se fixando num lugar em que a gastronomia está em alta, mas não tenho acesso a outras pessoas”, explica Frugoli.

“Mais ou menos como Juscelino pensou em trazer a capital para cá, para ser mais central, pensamos igual. Todos os grupos brasileiros são representados, de uma forma ou de outra, por aqui. Além disso, a distância de outros pontos do país é menor que de São Paulo”, argumenta.

Depois das 27 semanas com aulas em homenagem às gastronomias regionais do país, a ideia é seguir com cursos gratuitos, com duração de uma semana a 30 dias, com cerca de 100 vagas cada. O IPCB ainda não definiu onde será instalado. Por enquanto, o projeto angaria fundos junto a patrocinadores das iniciativas pública e privada.

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