Após três anos de serviço por encomenda, a confeiteira Renata Dias vai sair da fábrica da mãe, Maria Amélia, para ter seu próprio espaço. A loja, que leva o nome da dona, será inaugurada na 411 Sul no final de janeiro. No cardápio, todo tipo de guloseima, mas com um porém: tudo ali é feito sem ingredientes de origem animal.
Vegetariana desde criança, Renata tomou para si o desafio de “veganizar” receitas tradicionais que levam ingredientes como manteiga e leite – ou até mesmo carne. “Minha inspiração são os clássicos. Nós, veganos, sentimos falta de comer um bom croissant, um mil folhas, um bolo. Eu quero proporcionar isso para a galera que quer ser vegana e viver tão bem quanto qualquer outra pessoa”, garante a confeiteira.

Para o Natal, Renata preparou rabanadas sem qualquer insumo de origem animalBruno Araújo/Divulgação

A ideia de Renata é dar ao vegano o gostinho de comidas clássicas, como o chocolateBruno Araújo/Divulgação

Entre os pratos tradicionais que Renata mais sente vontade de comer está o mil folhas, cuja releitura leva cobertura de morangosBruno Araújo/Divulgação

A confeiteira vegana Renata Dias recriou receitas clássicas como o croissantBruno Araújo/Divulgação

Na loja física, a ser inaugurada no início de 2020, os clientes poderão encontrar releituras como a quicheBruno Araújo/Divulgação

Em vez de proteína animal, "carne" de jacaBruno Araújo/Divulgação

Os salgadinhos de festa serão fritos na hora, de acordo com o pedido do clienteBruno Araújo/Divulgação

A ideia não é fazer uma cozinha fit, mas simplesmente veganaBruno Araújo/Divulgação

Os bolos serão servidos em fatias, ao gosto do clienteBruno Araújo/Divulgação

Renata está há três anos na fábrica da mãe, Maria Amélia, e decidiu abrir o negócio próprioBruno Araújo/Divulgação
Apesar da inspiração nos clássicos, Renata planeja fugir de receitas veganas facilmente encontradas por aí, como tapioca e pão de beijo. “Vai ser uma pâtisserie, ou seja, uma confeitaria com um quê de panificação natural. Vou ter vitrine de doces, de pães e de salgados assados. Os salgadinhos serão fritos na hora, de acordo com o pedido do cliente”, adianta a cozinheira. No menu ainda devem constar os famosos toasts e também os buddha bowls para o almoço: as tigelas repletas de alimentos de origem vegetal vão variar de acordo com a época do ano.
O público de Renata, apesar de majoritariamente vegano, ainda inclui intolerantes a lactose, alérgicos e a turma da dieta. “O pessoal fitness me procura achando que vai ser light, descobrem que não é e comem mesmo assim”, brinca. “O fato é que o veganismo é mais saudável mesmo. As pessoas estão se conscientizando, fazendo a segunda sem carne, tomando conhecimento do impacto que a indústria da carne está causando no mundo. Acabo atraindo quem não é da causa animal”, complementa.
Ainda assim, as críticas ao uso de açúcar e de fritura vêm. “O que é saudável para um, não é para o outro. Eu tive problemas sérios de transtorno alimentar, então saudável pra mim pode ser algo com açúcar, farinha, chocolate. O vegano não liga pra comida saudável, pode comer sanduíche e batata frita todos os dias se quiser. Veganismo não é isso, não é para quem quer ser fit”, defende.