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No Dia do Sommelier, profissionais dão dicas de rótulos por até R$ 60

Todas as indicações são especiais para o tempo seco que Brasília enfrenta neste período

atualizado

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Reprodução/ FreePik
Sommelier segurando vinho
1 de 1 Sommelier segurando vinho - Foto: Reprodução/ FreePik

Já imaginou uma profissão em que é necessário conhecer e apreciar vinhos, cervejas artesanais, saquês, cachaças e até mesmo água? Pois um bom sommelier é capaz de combinar os mais diversos tipos de bebidas com quaisquer alimentos, respeitando o gosto e a personalidade dos consumidores.

O sommelier é o profissional responsável pelas bebidas (principalmente, mas não unicamente, vinho) em algum estabelecimento. Recentemente a profissão foi regulamentada no Brasil, através da Lei 12.467, de 26 de agosto de 2011, reconhecendo a importância desse profissional para o setor de alimentos e bebidas.

Segundo a sommelière Julia Rezende, especializada em vinhos e espumantes, a profissão tem crescido muito e sido reconhecida no meio gastronômico. “Está em franca expansão. O mercado nas capitais, locais turísticos e cidades médias é maior. Nas cidades pequenas do interior do país, o campo ainda é restrito”, explica.

Ela conta que não é um ofício fácil, mas que vale a pena. “A rotina dependerá do lugar onde o profissional trabalha, que pode ser um restaurante, bar, hotel, navio, loja especializada ou importadora, entre outros. O importante é gostar do que faz e dar o seu melhor nisso”, recomenda.

Para quem está iniciando na profissão ou quer saber mais sobre, Julia sugere se dedicar e estudar. “A pessoa tem que gostar de atender o público, ser um apaixonado pela bebida que escolher como campo de estudo, ter humildade e determinação para seguir aprendendo, sempre. Com relação aos cursos, nos últimos anos houve grande crescimento na oferta, infelizmente nem sempre acompanhado pela melhora na qualidade do ensino, que continua sendo privilégio de poucas entidades e instituições reconhecidas como referências na área”.

Neste sábado (29/8) é comemorado o Dia do Sommelier. Pensando nisso, atrelado ao clima seco brasiliense, conversamos com profissionais que atuam na capital sobre quais os melhores rótulos para tomar durante o período de baixa umidade da cidade com um preço de até R$ 60.

Ana Clara Carvalho, sommelière do ‘A Mano e dona do e-commerce de vinhos Dionisia, indica quatro rótulos para a estação O primeiro é o La Vid Blend tinto (R$ 39). “O tempo frio pede vinhos encorpados e mais alcoólicos que trazem a sensação de aquecer o corpo e a alma. O La Vid Blend tinto argentino é uma escolha certeira, uma mistura das uvas Malbec, Bonarda e Tempranillo com ótimo corpo e equilíbrio. Combine com pratos mais substanciosos e aromáticos como T-bone com molho a base de vinho, risoto de ossobuco ou rabada”, indica.

O segundo é o Viña Marty Merlot (R$ 47), que, de acordo com a profissional, vai bem com o tempo frio. “Vinho chileno muito elegante produzido pelo grande enólogo Pascal Marty. Harmoniza bem com pratos condimentados, carnes grelhadas e costela cozida com legumes”. Já o terceiro é o Espumante 1913 Sparkling Brut Rosé (R$ 43). “Produzido em Bento Gonçalves com a uvas Pinot Noir e Riesling produzidas pelo método Charmat, que utiliza grandes tanques de aço inox com temperatura controlada para a segunda fermentação. O resultado é um espumante fresco e equilibrado e com um ótimo corpo. Perfeito para brindar os bons momentos da vida.”

Para finalizar, Ana Clara indica o Ciao Bella Pinot Grigio (R$ 60): “Vinho perfeito para o tempo seco, extremamente refrescante e fácil de beber. Feito com a uva Pinot Grigio na Itália. É o famoso vinho para se beber na beira da piscina. Leve e aromático, fica perfeito com pratos leves à base de mariscos e frutos do mar, saladas e carpaccios”.

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Já o sommelier Maico Douglas, do Rubaiyat Brasília, explica que o melhor para épocas secas e frias é sempre consumir o vinho se hidratando com bastante água. “Indico vinhos tintos para as noites frias e espumantes para tardes secas. Não existem restrições sobre o consumo de vinho, mas os menos recomendados para esse clima de seca e frio são os brancos. Eles são mais refrescantes e por isso se adequam melhor a períodos de calor. Para o frio, o melhor é optar por vinhos tintos, que são mais estruturados.”

Ele indica o Marqués de Tomares Crianza (preço médio R$ 60). “É um vinho tinto amadurecido 12 meses em barricas de carvalho americano, de coloração Rubi brilhante, notas de frutas negras maduras como, cassis, ameixa, amora, framboesa e um toque de especiarias como, cedro e baunilha. Em boca, tem corpo médio, taninos bem domados, boa acidez, ressaltando as frutas negras e com final de especiarias que lembra baunilha, com persistência longa”, explica.

Outra indicação é o Porca de Murça (preço médio de R$ 40 a R$ 50), que passa por estágio de amadurecimento de um ano em barris de madeira novas e usadas, resultando em um vinho superequilibrado. Ele possui coloração rubi intenso, notas de frutas vermelhas e violetas, corpo médio, taninos presentes, ótima acidez e final de boca longo. Outra boa pedida é o Primo Primitivo Puglia IGT (preço médio de R$ 38 a R$ 50), que possui corpo médio, taninos sedosos, ótima acidez, e final redondo no qual destacam-se notas frutadas.

Para quem prefere espumantes, o expert aponta para o Luiz Argenta Jovem Brut Rose Charmat (preço médio R$ 50), que é leve e refrescante com ótima acidez, predominância das frutas vermelhas com final de boca médio. Já o famoso Casa Perini Brut (preço médio  de R$ 30 a R$ 40) também é uma das indicações de Maico. “Possui uma coloração amarelo palha, com perlage fina e numerosa, aromas florais e frutados, ressaltados pela leveza e persistente”.

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Se a preferência for vinhos nacionais orgânicos e de vinificação natural, o sommelier Carlos Sanabria, da Sanabria Vinhos, comercializa rótulos especiais e indica alguns. A primeira sugestão é o espumante da vinícola do Fabián situada em Nova Pádua – Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul (R$ 54,90). Feito no método tradicional Brut Branco, ele é produzido com uvas Chardonnay e Pinot em três meses de autólise em contato com as leveduras traz uma complexidade aromática no nariz e em boca.

Outro rótulo é o Fabian Intuição (R$ 54,90). Elaborado com uvas próprias Chardonnay e Pinot noir, este espumante tem uma cor rosada lembrando salmão e pêssego e traz uma complexidade aromática e acidez equilibrada. Trata-se de um espumante jovem, leve e cítrico. “Recomendo uma harmonização com entradinhas, como bruschetta, queijos e peixes”.

O Almejo (R$ 52,90) é de uma linha jovem de vinhos com expressão do terroir gaúcho. “Elaborado pela vinícola Famillia Bebber, também localizada em Flores da Cunha, o vinho passa por carvalho americano e francês por seis meses trazendo taninos elegantes e macios. Harmoniza com carnes, molhos vermelhos, pizzas, e queijos”, destaca Carlos.

O Fabian Intuição Merlot custa R$ 52,90 e é um vinho de características jovens, aromas frutados e taninos macios e elegantes. “A harmonização fica ótima com hambúrguer, pizzas, massas e condimentos leves”. Para finalizar, o profissional indica o Fabian Intuição Cabernet Sauvignon (R$ 52,90), elaborado com a variedade Cabernet Sauvignon, é um vinho frutado, leve e com taninos macios. Harmonização ideal com carnes, molhos vermelhos, massas e risotos.

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