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Irmãos do Chelsea e do United fazem história na seleção da Inglaterra

Reece e Lauren James, apesar de terem uma carreira semelhante, pedem para que não haja comparação entre eles, apenas admiração

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Reece James e Lauren James
1 de 1 Reece James e Lauren James - Foto: Reprodução/Instagram

Reece e Lauren James, atletas do Chelsea e do time feminino do Manchester United, fizeram história em 2019 ao se tornarem os primeiros irmãos a jogar pela seleção da Inglaterra. A dupla, apesar de ter uma carreira semelhante, pede para que não haja comparação entre eles, apenas admiração.

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Nascidos em Londres, os irmãos seguem os passos do pai, Nigel James, no futebol, e têm muito a agradecer a ele por tudo que já conquistaram. Nigel era jogador, com passagens no Luton Town e Southampton, mas um acidente de moto fez com que ele encerrasse sua promissora carreira muito cedo, segundo o The Sun.

Ele superou o trauma e encontrou sua verdadeira vocação na mentoria de jovens atletas, criando, mais tarde, o programa Nigel James Elite Coaching.

Com o futebol sempre presente, Reece (21 anos) e Lauren (19 anos) cresceram com o sonho de se tornarem jogadores profissionais, junto do irmão mais velho Joshua James Walker (24 anos) e sob os cuidados da mãe, Emma, que trabalhava na área da saúde pública do Reino, no Serviço Nacional de Saúde (NHS).

Se os três não estivessem chutando bola contra a parede, estavam no parque, treinando com o pai. “Nós crescemos como um trio. Obviamente, Josh aprendeu com meu pai e então tudo mudou. Comecei a jogar porque meu irmão jogava, e minha irmã jogava porque eu jogava”, contou Reece ao site do Chelsea.

“Todos nós jogávamos todos os dias juntos no parque e com o tempo fomos melhorando gradualmente. Havia uma área atrás da minha casa, com dois campos, e todos os dias eu jogava futebol, seja no campo ou na rua”, lembra o lateral do Blues.

Lauren, que atua como atacante dos Red Devils, relatou ao The Telegraph que tudo à sua volta era futebol. “Meus irmãos me colocaram no futebol. Fosse quando Josh estava no Fulham ou quando Reece estava na academia do Chelsea, eu estava lá chutando a bola contra a cerca. Eu sempre tive uma bola de futebol e ela acabou me levando para onde estou agora”, disse.

Primeiros passos

Reece começou com seis anos nas categorias de base do Chelsea e depois que decidiu atuar como lateral chegou às equipes sub-18, 19 e 20 da seleção inglesa. Sua estreia como profissional ocorreu em 2018/19, quando foi emprestado ao Wigan Athletic e disputou a segunda divisão do país. Naquela campanha, ele foi eleito o Jogador do Ano.

A consolidação na time titular dos Blues, no entanto, veio em 2019. Reece estreou na Copa da Liga Inglesa contra o Grimsby fazendo um gol e dando duas assistência.

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Lauren, aos 13 anos, entrou no Arsenal e, por causa da sua experiência com seus irmãos, foi incentivada a treinar com o time masculino. Dois anos depois, ela debutou no time feminino dos Gunners, começando como profissional cerca quatro anos antes de Reece, que se profissionalizou dos 18 para os 19.

A atacante fez história ao se tornar a jogadora mais jovem da história do Arsenal a jogar pelo clube, tanto no masculino quanto no feminino. Até que, em 2017, ela se transferiu para o recém-reformado time do Manchester United, para uma cidade que ela não conhecia.

Mas isso não foi problema. No campeonato que levou a equipe para a primeira divisão da Superliga Feminina, Lauren fez 14 gols em 18 jogos.

Juntos pelo respeito e contra o racismo

Ambos, Reece e Lauren, foram alvos de comentários racistas nas redes sociais e, juntos, incentivam as empresas de mídias sociais a fazerem mais com suas plataformas para impedir os ataques racistas.

“Quando recebemos mensagens como essas, nós nos buscamos um ao outro para discutir o assunto. Acho que todos concordam e sabem que o que está acontecendo com as mídias sociais e o racismo está errado. Todos dizem que querem mudar, mas muitas coisas não estão mudando”, protesta o lateral.

Dentro de campo, eles demonstram terem apenas muito respeito pelas suas conquistas. Sem fazer comparação, Lauren sabia que devia seguir os passos do irmão na seleção da Inglaterra. “Normalmente não somos competitivos. Quando ele foi convocado, eu pensei: ‘Certo, ele conseguiu. Eu tenho que conseguir o meu agora’. Essa provavelmente foi a única vez (que houve competição” e eu rio disso agora”, lembrou.

Em 2019, Reece disputou o Torneio Toulon e Lauren jogou o Campeonato Europeu de Futebol Feminino pela equipe nacional inglesa. Um marco para a família que entrou na história do esporte no país.

“Eu não diria que há competição. Sabe, ela é minha irmã. Nossos jogos são os mesmos, nossas profissões são as mesmas, mas ainda é diferente. Eu jogo futebol masculino quando ela joga o feminino, você não pode compará-los”, finalizou Reece.

Peças importantes em seus times, Reece segue na briga da Liga dos Campeões, nas quartas de final, na semifinal da Copa da Inglaterra e em 4º colocado da Premier League. Enquanto Lauren ocupa a 3ª posição da Liga Inglesa feminina com o United, nove pontos atrás do líder Chelsea, que soma 44.

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