Entenda por que gol do Flamengo foi legal mesmo com toque de braço
A nova regra da International Football Association Board, imposta em março de 2021, afirma que nem todo toque na mão é infração
atualizado
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Nessa terça-feira (2/8), a vitória do Flamengo sobre o Corinthians por 2 x 0, em jogo válido pelas quartas de final da Libertadores, ficou marcada por um lance que gerou bastante polêmica.
No primeiro gol do Rubro-Negro, marcado por Arrascaeta, a bola toca no braço de João Gomes antes do uruguaio completar o lance marcando um golaço. No entanto, segundo Patrício Loustau, árbitro da partida, o braço do atleta estava em posição natural e o gol foi confirmado.
🔴⚫️🇺🇾 O que é isso, @GiorgiandeA?! O meia uruguaio abriu caminho para a vitória do @Flamengo com um gol extraordinário. Na gaveta! Vantagem do Mengão na CONMEBOL #Libertadores. pic.twitter.com/lJeH4u4cnK
— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) August 3, 2022
Em março de 2021, a International Football Association Board (IFAB), órgão que determina as regras do futebol, divulgou uma circular sobre uma nova orientação para toques de mão e braço na bola, onde afirma que nem todo toque é infração.
As atuais orientações da IFAB determinam que a bola na mão só será considerada infração nas seguintes situações:
-Se o jogador tocar a bola deliberadamente com mão ou braço, movendo a mão ou o braço em direção a bola;
-Tocar a bola com a mão ou com o braço quando a mão ou o braço estiver em posição antinatural e com isso ampliando o espaço do corpo. Por ter a mão ou braço em tal posição, o jogador corre o risco da mão ou braço ser atingido pela bola e ser penalizado;
– O jogador será punido por ampliar o espaço corporal de maneira antinatural somente quando a posição do seu braço/mão não for uma consequência do movimento do corpo desse jogador para aquela jogada.
Vale lembrar que, antes da nova mudança ocorrida em março do ano passado, a regra dizia que o toque de mão, mesmo que involuntário, no ataque deveria ser assinalado como falta caso levasse diretamente a um gol ou a uma “ocasião manifesta de gol”.
Veja a repercussão do lance na web:
O gol foi bem marcado. Ponto. A gente pode (e em muitos casos até deve) discutir sobre a regra, ok. Mas não dá para discutir com a aplicação da regra. A arbitragem foi bem ao analisar o lance. A Conmebol foi bem em tornar público logo depois da partida. pic.twitter.com/MyjIW2lQTb
— Letícia Marques (@soyyleticia) August 3, 2022
Gente, vcs podem até achar a regra errada, injusta ou precipitada. Mas falar que o gol não foi legal é querer usar a própria regra moral pra apitar o futebol. Gol foi legal. Se vc acha injusto, aí é outra discussão
— Gabriela Dantas (@thegabidantas) August 3, 2022
Achar ruim a regra é ok. Reclamar da aplicação correta dela é doideira. O gol do Flamengo foi legal.
— Bruno Formiga (@brunoformiga) August 3, 2022
Fiquei impressionado como tem gente que NÃO sabe da regra. Muita gente mesmo que acompanha diariamente futebol achou que o gol seria anulado.
Só se batesse na mão do próprio que faz o gol que anularia (qualquer mão, mesmo intencional). De outros, tem que interpretar normalmente.
— Conrado Santana (@conradosantana) August 3, 2022
Questionar a regra é saudável. Mas não dá pra questionar a validade do gol. Jogada que gerou o gol está descrita na regra como lance normal. Concordar ou não com a regra é outra discussão. O gol foi legal. https://t.co/GJHWKeZT2h
— Luis Felipe Freitas (@LFFreitas) August 3, 2022
Com o resultado, o Flamengo abriu uma grande vantagem para o jogo de volta na próxima terça-feira (9/8). O time pode até perder por um gol de diferença que garante a vaga na semifinal da competição continental.