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Domènec Torrent: sucessor de Jorge Jesus no Flamengo é fã da posse de bola

Apesar de pouco conhecido no Brasil, o possível novo comandante do time carioca tem currículo vitorioso

atualizado

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Pressefoto Ulmerullstein bild via Getty Images
Torrent e Guardiola
1 de 1 Torrent e Guardiola - Foto: Pressefoto Ulmerullstein bild via Getty Images

Algumas semanas após a saída de Jorge Jesus, o Flamengo se aproxima da contratação de um novo treinador. De acordo com informações do diário esportivo espanhol AS, dirigentes do clube se reuniram com Domènec Torrent, ex-auxiliar de Pep Guardiola e deve anunciá-lo ainda nesta semana. Apesar de pouco conhecido no Brasil, o possível novo comandante do time carioca tem currículo vitorioso e é adepto de um estilo de jogo de posse de bola e posições bem definidas.

Torrent conviveu com Pep Guardiola por uma década. Entre 2008 e 2018, ele esteve ao lado do treinador como auxiliar técnico. Por isso, sua filosofia de jogo é nutrida de características típicas do hoje comandante do Manchester City, como o “tiki-taka”, que ganhou o mundo com o Barcelona que venceu a Liga dos Campeões nas temporadas 2008/2009 e 2010/2011.

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O estilo tem uma premissa primordial: a posse de bola. A ideia é simples, controlar o jogo e neutralizar o adversário. Porém, isso envolve muita movimentação, troca de posições — principalmente entre os meio-campistas — e compreensão dos espaços do campo.

Torrent conseguiu mostrar seu trabalho em uma única ocasião. Depois que deixou Guardiola, em 2018, ele assumiu o comando do New York City FC, que joga a Major League Soccer, a MLS, a principal liga de futebol dos Estados Unidos. O resultado foi convincente.

Em apenas uma temporada, Torrent quebrou diversos recordes e fez com que a equipe realizasse a melhor campanha de sua história na liga. Apesar de ter se classificado na primeira colocação da Conferência Leste, o New York City FC foi eliminado nas quartas de final do torneio.

O estilo de jogo ficou claro para a imprensa local. “Ele definitivamente é um discípulo de Pep Guardiola. O time trocava passes rápidos desde a defesa e pressionava os rivais. Era atraente”, ponderou o jornalista Jeff Carlisle, da ESPN americana.

Similaridade com Jesus

O que disse Carlisle sobre a troca de passes rápidos desde a defesa, foi visto no Flamengo de Jorge Jesus. Os dois zagueiros da equipe carioca nas campanhas vitoriosas de 2019, Rodrigo Caio e Pablo Marí, somavam-se ao volante William Arão, para formar o trio de saída rápida de jogo do time. Isso foi visto no New York City FC, com o trio defensivo composto por Maxime Chanot, James Sands e Alexander Callens.

Da defesa, a bola ia em direção aos articuladores das jogadas. No Flamengo, Gerson e Everton Ribeiro faziam esse papel, já no New York City FC, Ebenezer Ofori e Alexander Ring eram os responsáveis pela armação. Assim como na equipe de Jesus, os meias procuravam os atacantes, que buscavam se deslocar em campo para furar a defesa adversária. As formações variavam entre 4-2-3-1 e 4-1-2-3.

Sede de títulos

Na última semana, Guardiola disse que seu amigo está pronto para comandar equipes em qualquer país. O treinador do Manchester City ainda ressaltou a importância de Torrent no período em que trabalharam juntos.

“Acho que ele está absolutamente preparado para qualquer país. Ele fez a melhor campanha da história do New York City na última temporada. Ele é incrivelmente bem preparado, tem muita experiência. Não tenho nenhuma dúvida sobre sua capacidade. Aprendi muito com ele, aprendemos juntos. Parte do nosso sucesso que tivemos em Munique e aqui em Manchester foi por causa dele”, avaliou Guardiola.

Rafinha, lateral do Flamengo, que já esteve sob os comandos de Pep e Torrent, também não economizou elogios ao falar do treinador. “É um cara que dispensa comentários, eu conheço bem e posso falar com propriedade porque é um cara com quem eu trabalhei. Não só eu, né? Ele fez muita gente no Bayern crescer muito. E agora ele está de treinador, mas aí não tivemos mais contato. Mas o tempo que trabalhamos juntos dispensa comentários”, afirmou, em entrevista à ESPN Brasil.

Quem também cresceu no Bayern de Munique por conta de Torrent foi o ex-jogador Philipp Lahm. Um desses momentos é narrado no livro “Guardiola Confidencial”. Na ocasião, Torrent sugeriu que Toni Kroos mudasse de posição com Lahm e o treinador acatou o pedido do auxiliar.

“Durante a volta a Munique, aliás, a cabeça de Guardiola já está em outro lugar: mais precisamente, em Lahm. A viagem se transforma em uma conversa monotemática entre Guardiola e Domènec Torrent, assistente técnico, sentado a seu lado: ‘Viu o potencial do Lahm? Viu como ele encontra os corredores, como gira e protege a bola? Certamente pode jogar tanto na lateral como no meio de campo’. É o prenúncio de uma das grandes descobertas da temporada…”, diz o livro.

Ao que tudo indica, essa é a oportunidade para Torrent conquistar o que ainda não possui: títulos como treinador. O Flamengo quer manter a mesma qualidade técnica de Jorge Jesus e o espanhol pode corresponder aos anseios da equipe.

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