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Carmem de Oliveira reclama por não participar do revezamento da tocha

Primeira brasileira a ganhar uma São Silvestre, brasiliense sequer foi procurada para levar o fogo olímpico pelas vias do DF

atualizado

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1 de 1 - Foto: Facebook

Será de uma sala onde trabalha como servidora no Governo do Distrito Federal que ex-atleta Carmem de Oliveira acompanhará a chegada da tocha olímpica em Brasília. Na verdade, a ex-corredora disse que a próxima terça-feira (3/5) será apenas mais um dia normal em sua vida. Primeira brasileira a ganhar uma São Silvestre (1995) e até hoje recordista sul-americana, Carmem participou das Olimpíadas de 1992 e, mesmo com um currículo invejável, sequer foi lembrada para carregar o fogo olímpico pelas vias do DF.

“Você pergunta se eu lamento não ter sido cogitada para o revezamento? Não! Para mim, hoje o esporte é simplesmente um mercado financeiro. Você precisa pagar para estar no revezamento da tocha olímpica. Eu sei que 80% daqueles que participarão do evento foram indicados pelos patrocinadores dos Jogos Olímpicos. Mal foram 20 atletas de Brasília”, declara.

Carmem trabalha na Secretaria adjunta de desenvolvimento social do Governo do Distrito Federal. Ironicamente, o GDF indicou 25 pessoas para carregar a tocha. “Eu não vejo mais aquele simbolismo, aquele patriotismo, o amor que comandava o esporte e os atletas. Hoje só vejo o povo querendo dinheiro”, desabafa. Ela lembra ainda que, com essa nova realidade do esporte, os resultados não chegaram e, apesar de aposentada há 20 anos, ainda mantem recordes não superados até hoje.

A lista de ex-atletas da cidade não lembrados pelo GDF ainda conta com nomes como das medalhistas olímpicas Ricarda, Tandara (vôlei) e Grazielle (futebol), da tenista Cláudia Chabalgoity, do saltador César Castro, da nadadora Tatiana Lemos e até mesmo do ex-piloto Nelson Piquet.

“Hoje já sou uma mulher madura, de 51 anos, com outra cabeça, e não vejo mais um esporte como inclusão, que propicia mudança de vida. Não vejo o verdadeiro esporte que conheci aqui. Não é como os Jogos Olímpicos de 1992 que participei”, reclama Carmem de Oliveira. Na última quinta-feira (29/4), durante entrevista coletiva, a secretaria de esportes Leila Barros alegou que as indicações levaram em consideração apenas a representatividade dos atletas e que a maioria foi indicado por federações esportivas.

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