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Crítica: Israel & Rodolffo segue essência, mas não inova em Acústico

Regravações e pots-pourris predominam no sétimo álbum da dupla

atualizado

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Israel e Rodolffo destaque
1 de 1 Israel e Rodolffo destaque - Foto: Instagram/Reprodução

Há apenas cinco anos em evidência nacional – desde o sucesso de Amor Que É Bom, Ninguém Quer Dar — Israel & Rodolffo mantém presença regular nas listas das mais ouvidas do país. Da safra de universitários românticos, os cantores acabam de lançar o sétimo disco da carreira. Apesar de apresentar inéditas de qualidade, Acústico (Ao Vivo) – Voz e Violão abusa de regravações e sugere a falta de repertório para um álbum robusto.

As 22 faixas contam com produção e arranjo de Bigair dy Jaime e Israel & Rodolffo, direção de Anselmo Troncoso, produção geral de Marlus Marcelus e executiva de Juarez Dias. O resgate de músicas que marcaram a trajetória dos goianos predomina no DVD. Entre elas estão Marca Evidente (2011), Não Me Aceito Sem Você (2013) e pots-pourris como Não Existe Amor Sem Briga e Fecha o Porta-Malas.

Melhores momentos do Acústico, as parcerias dão fôlego à produção. Só os irmãos Edson e Hudson aparecem  em três faixas:  a nova Casa Mobiliada, Me Conta o Resto e a regravação de Jura (2001), composição de Luís Angel e versão de Piska. Com Jorge & Mateus – que também acaba de lançar Terra Sem CEP –, os cantores dividem os vocais em Deixa Eu Chorar.

Mais do mesmo
As boas surpresas ficam por conta das novas Fui Obrigado a Te Amar, com letra de Kito e do jovem talento Leo Soares, com canções gravadas por Humberto & Ronaldo e Lucas Lucco; Simples Assim, de Leandro Barreto, Pedro Neto e Rafael; e Da Água Pro Lixo, de Alvino Gomes Alves e Vine Show. Todas com roupagens bem lineares e melodias, no máximo, bacanas.

A personalidade dos intérpretes está bem marcada ao longo de todo o CD. Mas é possível inovar sem perder a essência, vide o último trabalho de Victor e Leo. Caso não se reinventem, artistas contemporâneos do segmento correm o risco de cair no limbo.

Não serão rotulados de clássicos, título que apenas um seleto grupo de sertanejos detém. Tampouco acompanharão os anseios de um público cada vez mais sedento por novidades. Desta vez, os “Pipocos do Brasil”, como são conhecidos pelos fãs, não estouraram.

Avaliação: Regular

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As canções estão disponíveis nas plataformas digitais Spotify, Apple Music, Deezer, YouTube, Google Play e iTunes. Confira a playlist completa:

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